É desolador o problema com as queimadas nas florestas do Brasil. Mas, pelo que vemos, esta não é a primeira vez que isso acontece. E o mais triste é que temos inúmeros espertos no poder púbico e, sobretudo na política. Mas, os expertos no assunto, ou ficam escondidos ou são bloqueados, para não agirem. Em mil novecentos e sessenta, vivi uma experiência, dentro da mata, na Barra do Bugres, em Mato Grosso. Sem nenhuma experiência nem interesse no assunto sobre queimadas, fizemos treinamentos sobre o perigo de queimadas. Os “treinamentos” eram apenas divertidos, particulares e familiares. Eu falava para os amigos, sobre o perigo do gás metano coberto pelas folhas secas. Simples pra dedéu. Todos ficaram sabendo do perigo que correriam, se jogassem pontas de cigarros, acesas, sobre as folhas secas aos pés das árvores. Por que ignoramos o gás metano?
Vamos ser mais racionais, educados, instruídos, para cuidar do patrimônio mais valiosos que temos, que são as florestas. Se as destruirmos nos destruiremos. Vamos nos educar à altura do desenvolvimento do planeta. Vamos parar de ficar berrando como cabritos desgarrados. Não será com gritos nem bagunças que iremos resolver os nossos problemas. Os problemas só se multiplicarão enquanto não nos educarmos para sermos representantes. Devemos ser mais criteriosos na escolha dos nossos representantes na política que necessita de mais e melhores políticos capazes para fazerem por nós, o melhor, no que lhes pagamos para fazerem. O nível da nossa política está em caída desastrosa. E o mais perigoso é que ainda não aprendemos, e por isso não sabemos, que somos nós eleitores, os responsáveis pela má qualidade no poder público. E continuaremos assim, até que nos eduquem para reclamar pela nossa cidadania ainda vendada pelo desconhecimento. Deveríamos prestar mais atenção à fala do Gaston Bouthoul: “Reconhece-se um país subdesenvolvido pelo fato de nele ser a política a maior fonte de riqueza”.
O George Burns também disse: “Pena que todas as pessoas que sabem com governar o país estejam ocupadas a dirigir táxis ou cortar cabelos”. Que é o que vemos, até mesmo nos debates políticos. Vamos nos conscientizarmos da nossa responsabilidade como eleitores, e reclamar pela nossa educação, para que possamos merecer o voto facultativo que nos tornará verdadeiros cidadãos. Porque enquanto formos obrigados a votar, não seremos mais do que meros títeres de aventureiros políticos. Pense nisso.
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