AFONSO RODRIGUES

Seja o artista de você

“A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte”. (Gandhi)

Os artistas estão em todas as áreas das artes. Isso não importa nem interessa. O importante mesmo é que você encontre seu caminho e siga com racionalidade.  Porque a felicidade depende de sua capacidade de ser feliz. E você só conseguirá o caminho certo para o certo, se agir com racionalidade. O que é muito simples. Depende da sua maneira de ver e entender a vida. Nunca tente se igualar a alguém, nem queira que alguém seja igual a você. Somos todos iguais, mas nas diferenças. O que já exige que sejamos racionais, para respeitar as diferenças. Livre-se das preocupações e viva sua vida como ela deve ser vivida. Nem todos vão concordar com sua maneira de viver. E daí? Alguém já nos disse que: “A educação é como a plaina: aperfeiçoa a obra, mas não melhora a madeira”. Cada um de nós é um, e isso não nos iguala a nenhum. Uma tarefa árdua, a qual todos os pais encontramos dificuldade em entender. E por isso queremos que nossos filhos sejam como nós somos. O que é um erro que dificulta a caminhada dos filhos.

O Bob Marley também já disse: “Para que levar a vida tão a sério, se a vida é uma alucinante aventura, da qual jamais sairemos vivos”? E não levar a vida tão a sério não significa levá-la na banalidade nem na vulgaridade. Um erro que a maioria das pessoas comete, em confundir simplicidade com vulgaridade. No início dos anos cinquentas eu trabalhava numa loja de tecidos, em Natal. Ainda muito jovem, eu não me sentia bem quando ouvia, todos os dias, os colegas criticarem um cidadão de classe média alta. Em frente à loja onde eu trabalhava, ficava uma grande loja de artigos musicais. E aquele cidadão de classe alta ia todos os dias, bater papo com o pessoal da loja em frente à nossa. E o problema, para meus colegas, era que o cidadão era muito simples e se vestia com simplicidade.

O mundo muda, as coisas mudam, mas nós não mudamos. Continuamos os mesmos, com os mesmos defeitos que não conseguem ser abolidos, por fata de racionalidade. Simples pra dedéu. Na mesma década e já no finalzinho dela, eu já morava em São Miguel Paulista, em São Paulo. Foi a época em que a “sandália havaianas” foi lançada. Eu tinha acabado de chegar, do Rio de Janeiro e estava caminhando pela rua de São Miguel, calçando a “havaianas”. De repente, cheguei a uma loja e vi duas garotas olhando para meus pés, tapando as bocas com as mãos e arregalando os olhos. Aí fiquei na minha. Entendi o que acontecia. Ainda não era costume, os homens usarem sandálias, pelas ruas. Começávamos a mudar, sem perceber. Pense nisso.

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