AFONSO RODRIGUES

Sejamos iguais nas diferenças

“Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais”. (Bob Marley)

A evolução racional é coisa séria. Tão séria que não lhe damos atenção. O que é uma característica do ser humano. Ainda não aprendemos a nos ver no que realmente somos. Simples pra dedéu. Se prestarmos mais atenção às crianças de hoje, veremos que há mudança nos comportamentos das crianças de hoje e das de décadas anteriores. Tenho observado esse detalhe, ultimamente. Ontem, por exemplo, no supermercado, observei o comportamento de uma criancinha, num carrinho. Ao passar por ela, cumprimentei-a com um aceno de mão. A criança ficou tão feliz que pareceu querer pular do carrinho. A senhora bem jovem, que o conduzia sorriu e continuou dirigindo o carrinho. A criança quase gritava e virou-se para mim e continuou emitindo som como se estivesse conversando. A senhora parou e ficou sorrindo com o comportamento da criança.

Estávamos em um supermercado e não me atrevi a fazer perguntas sobre a criança. Apenas a cumprimentei com gestos, e a senhora saiu lentamente. Um episódio aparentemente banal, mas que requer atenção. Tenho um bisneto com apenas dois meses de idade. É o Arthur. Sempre que ele vem nos visitar, chega e eu o cumprimento. Ele arregala os olhinhos e fica me olhando, como se quisesse me reconhecer. Depois esboça um sorrisinho bem maroto e fica me olhando. E, considerando a idade dele, cumprimento-o e dou o fora. Mas não deixo de sair sorrindo com felicidade. Faça sempre isso, mas com muita seriedade e respeito. O importante é que prestemos mais atenção à evolução do ser humano. Talvez estejamos atravancando o crescimento humano, com nossas limitações, diante do crescimento racional.

O que está realmente nos preocupando é o desmantelo na evolução social. A impressão que temos é que o mundo está de cabeça para baixo. Talvez estejamos necessitando de orientações dos que deveriam nos orientar em vez de tentarem nos dirigir. O importante é que cada um de nós tenha consciência de sua responsabilidade na evolução da humanidade. Que cada um de nós tem o dever de fazer o melhor para a caminhada rumo ao racional. E ser racional não é ser agrilhoado a normas estipuladas por aventureiros que pensam que são o que na realidade são, e não deveriam ser. Sejamos donos dos nossos destinos. Cada um de nós tem esse poder dentro de si.

Não nos iludamos com a euforia vazia de divertimentos fúteis que não nos levam a lugar nenhum. Mas precisamos nos preparar para distinguir entre o fútil e o simples. É com você. Mas busque sempre isso na educação. Pense nisso.

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