AFONSO RODRIGUES

Sem controle, nada feito

“As palestras de autoajuda pouco ajudam quando as pessoas não compreendem o funcionamento da mente”. (Augusto Cury)

Uma das coisas mais difíceis para o desenvolvimento do ser humano, é controlar sua mente. Os milênios vão passando e os seres humanos continuam os mesmos, seguindo as mesmas orientações de desorientados. Ultimamente tenho passado maior parte dos dias dentro de casa. O que tem me aborrecido muito. À noite estou sempre mal-humorado. E o efeito vem das notícias que ouço durante o dia. Recentemente fiquei preocupado com uma notícia sobre o combate sobre o craque, desequilíbrio no policiamento e coisa seculares que só agora estamos tentando combater. Aí fiquei pensando em assuntos que venho tocando recentemente e que são desagradáveis. Mas, não posso deixar de desabafar, por já tê-los presenciado há quase um século de experiências.

No início da década dos cinquentas, tive um colega, no meu emprego nas Lojas Paulistas, em Natal. Eu frequentava muito a casa do meu colega, que éramos vizinhos. O pai do colega era Guarda-civil. À noite quando estávamos conversando, geralmente o pai dele ficava o tempo todo nos contando o quanto tinha faturado durante o dia, nos trabalhos de rua, com as gorjetas que exigia dos motoristas faltosos. Você não imagina a alegria com que o cidadão nos contava o absurdo. Sempre fiquei chateado com o assunto, sobretudo porque percebia que meu colega também não gostava. Quando saí de Natal para São Paulo, em 1953, meu colega lutou muito para ir comigo. Com certeza, ele queria fugir do ambiente. E como vemos, o problema aparentemente atual, vem de muito longe, e sem uma solução que certamente nunca virá, a menos que nos eduquem.

A cracolândia em São Paulo, por exemplo, é um verdadeiro carnaval. Quem já presenciou e já passou pela cracolândia, por exemplo, sente nojo, não só do ambiente, mas da hipocrisia nas justificativas no descaso na solução. A Praça da Sé, em São Paulo tornou-se uma cracolândia. Já falei, por aqui, de casos ridículos a que já assisti ali. Morei cinco anos ali na Sé, de 1999 até 2004. Época em que a Praça era tomada por assaltantes e viciados. Já falei disso por aqui, várias vezes. Lamento levar este assunto para você, mas todos nós necessitamos de estar a par dos descontroles que nem sempre conhecemos. E para conhecer precisamos presenciar. Que é o que faço nas minhas atividades. Vamos fazer nossa parte, para melhorar a Educação, melhorar nossa política, através da eleição. Inicie a tarefa já nas próximas eleições. Cada um de nós tem esse dever, essa obrigação e essa força. Pense nisso.

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