Jessé Souza

Sem rumo e direcao 4074

Sem rumo e direção O que ficou bem claro nesse tsunami político da “delação Friboi”, em que o senador afastado Aécio Neves (PSDB) e o presidente Michel Temer (PMDB) são os principais alvos, é que o maior partido político do país é a TV Globo, que se apressou para tomar uma posição contra Temer para não comprometer ainda mais sua credibilidade já arranhada.

O futuro é incerto e não sabido, pois não se sabe onde vai descambar essa onda gigante provocada por esse terremoto sem precedentes. O fato é que não será mais possível esconder a lama fétida que estava debaixo do tapete não apenas da Globo, mas da maioria da grandes corporações midiáticas e das maiores empresas que acumularam riquezas graças a recursos públicos e à corrupção intermediada por seus capatazes, os políticos de quase todos os partidos políticos.

Antes da “delação Friboi”, havia uma grande manipulação para minar e degolar a esquerda, em especial o PT. E o impeachment de Dilma Rousseff era a grande jogada para cercar de vez a esquerda e preparar o caminho para livrar os grandes corruptos dos demais partidos e manter no poder esse grupo que está no comando.

Agora não há mais o que duvidar. As denúncias contra Aécio e Temer são gravíssimas porque vieram acompanhadas de provas robustas, com áudio e vídeo. Aécio foi o candidato dos que defenderam o impeachment de Dilma, e Temer apontado como o personagem necessário para fazer essa transição.

Com o novo escândalo, tudo ficou nebuloso e as decisões mais importantes devem passar pelas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF), onde já sabemos que também precisa ser passado a limpo.

Mas como será isso possível, ou seja, fazer uma desratização na instituição mais importante do país, nesse momento, que irá interpretar a Constituição sobre que rumo tomar se um novo impeachment acontecer, desta vez o de Temer?

O grande risco do momento é o encrudescimento do autoritarismo e do fascismo, cujo principal personagem venerado por essa ala que cresce a cada escândalo é Bolsonaro. Sabemos que ele jamais terá condições de fazer o que ele brada (e não é nem preciso lembrar de Trump, que passou a ser visto com um bravateiro que tratou logo de fazer uma guerra e, mesmo assim, ainda corre o risco de sofrer impeachment também).

Enfim, estamos no salve-se quem puder, sem saber aonde vamos parar. O único fato unânime e que precisa ser bem negociado, dentro dos campos político e jurídico, é a convocação de eleições gerais e diretas para presidente e para o Congresso. Porque a nação chegou à ruina completa.*[email protected]: www.roraimadefato.com/main