Afonso Rodrigues

Somos iguais sem sermos iguais

Imagem ilustrativa produzida com auxílio da Inteligência Artifical
Imagem ilustrativa produzida com auxílio da Inteligência Artifical

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Somos todos tolos, tolos sem desculpas, quando falamos da superioridade de um sexo
em relação ao outro, como se fosse possível compará-los em condições iguais! Cada um
tem o que o outro não tem; cada um completa o outro; não são em nada iguais; e a
felicidade e perfeição de ambos depende de cada um pedir e receber do outro o que
somente o outro é capaz de dar”. (John Ruskin)

Chega de tolices. Não há como aceitar mais esse descontrole mental de ficar
considerando a mulher como um ser inferior. Já vivemos milênios e milênios exibindo
nossa mediocridade e não conseguimos o que pensamos que queremos. E o que
queremos é mostrar para o mundo o que somos quando não precisaria mostrar, porque
já mostramos no que somos: tolos incorrigíveis. Vamos ser o que realmente somos e
ainda não conseguimos ser. Prestemos mais atenção a palavras simples que deveriam
nos orientar, mas que só nos fazem rir, porque não somos capazes para entender. O Bob
Marley, por exemplo: “Enquanto a cor da pele for mais importante do que o brilho dos
olhos haverá guerra”. E as guerras estão aí e permanecerão sabe-se lá por quantas
futuras eternidades. E isso porque ainda não nos civilizamos o suficiente para
entendermos que somos todos iguais nas diferenças.
E não adiante tentar cobrir o Sol com peneira. A única coisa que está realmente faltando
para a nossa caminhada na racionalidade, é a Educação. Enquanto não formos capazes
para educar, continuaremos criando e formando uma sociedade deseducada e
incompetente para melhorar o mundo. E até lá não conseguiremos ter um mundo
melhor, perdendo tempo com a idiotice do preconceito e da discriminação. E o mais
agravante é que estou percebendo que a coisa já está descambando para os dois sexos.
Preste mais atenção e procure evitar o desmantelo. Vamos nos civilizar e deixar de
tentar mostrar o que é, apenas na aparência. A educação é a base do alicerce.
As diferenças devem ser respeitadas como uma indicação de que somos todos, uns para
os outros. Que devemos seguir nossa jornada de mãos dadas, na luta pacífica para o
desenvolvimento humano. Porque continuaremos como seres humanos, enquanto
estivermos sobre esta Terra que estamos destruindo, de forma desumana. Respeite a
mulher como um ser humano exatamente como você, mas como um sexo diferente, para
que você seja um sexo diferente. Senão a coisa vai degringolar. A racionalidade na
convivência entre os dois sexos está na racionalidade de os dois se respeitarem no que
são, como complemento um do outro. Cada um dando ao outro o que deve dar, para
poder ter o retorno do que deu. Pense nisso.
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