AFONSO RODRIGUES

Temos, sim, grandes exemplos

“Sem a ajuda aos outros, jamais dinamizamos a nossa evolução pessoal”. (Waldo Vieira)

Aproveitei o famoso e maravilhoso dia dos pais, para mexer no meu velho baú do passado. E isso me fez feliz com lembranças que me enriqueceram como ser humano. Meu assunto predileto sempre foi a “Relação Humana no Trabalho e na Família”. Durante minha vida profissional, tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo, atuei sempre nessa área enriquecedora.  Quando cheguei a Roraima, vi certa dificuldade em atuar na profissão. Só que, a pesar da experiência, não fui capaz de perceber a grandeza do ambiente, até o encontro do Alexandre Magno, meu filho, com um dos grandes comerciantes de Boa Vista. Estávamos ainda nos nossos lotes na Confiança I, no Cantá, em 1983. Alexandre lecionava numa escola, na Confiança II. Certo dia ele passou pela frente da loja de bicicletas, do Empresário RAMIRO SILVA. Curiosamente, o Alexandre entrou na loja e ficou olhando as bicicletas, escolhendo uma que compraria assim que tivesse dinheiro suficiente. Foi aí que o Ramiro se aproximou e perguntou se ele queria uma bicicleta. Alexandre explicou que logo que tivesse dinheiro suficiente iria comprar uma. Ramiro não aceitou e acabou entregando a bicicleta ao Alexandre, que saiu pedalando, sem entender o que acontecia.

No mês seguinte Alexandre voltou a Boa Vista, efetuou o pagamento, e foi daí que se iniciou uma amizade indestrutível, minha e do Alexandre, com o Ramiro e sua família. Mesmo com sua ausência, temos o Ramiro com um exemplo a ser seguido pelos que pretendem mostrar para o mundo o quando nos valorizamos, valorizando as outras pessoas.

Em 1984 vivi a mesma experiência com um dos exemplos no valor nas Relações Humanas no nosso comércio. Não vou me alongar porque já conhecemos, de sobejo, a grandeza do exemplo que nos é dado pelo Empresário PERIN. Um comportamento exemplar, que se igualou ao do Ramiro. E o PERIN não estava imitando o Ramiro, mesmo porque não é característica do Perin, nem, ele conhecia o caso, quando nos encontramos. E como não tenho mais espaço por aqui, depois contarei, para quem ainda não conhece, o exemplo maravilhoso do Perin, quando nos encontramos, pela primeira vez, ainda na sua antiga loja “Rei dos Colchões”. Assim como o Alexandre e o Ramiro não se conheciam, o Perin e eu não nos conhecíamos, e o procedimento foi o mesmo, em relação a mim, enriquecendo minha participação na exposição, de artesanato, em Boa Vista. Prometo que vou te contar o caso, brevemente. Foi um exemplo enriquecedor, já publicado aqui na FOLHA, anos atrás. Pense nisso.

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