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Recorrentes acidentes têm ocorrido no trecho urbano da RR-205 na altura do bairro Cidade Satélite, colocando em risco a vida de quem precisa passar por lá. Essa estrada dá acesso ao Município de Alto Alegre, cujo fluxo que vem da interior é intensificado pelo tráfego de condutores de vários bairros da Zona Oeste, setor da cidade que tem crescido naquela região com a construção de vários conjuntos habitacionais ao longo do Anel Viário.
Um dos motivos para esses constantes acidentes é a interminável obra de duplicação daquele trecho urbano de 7,5Km, que vai da rotatória de entrada do Cidade Satélite até a rotatória do Anel Viário. As obras se arrastam desde maio de 2022 e, até agora, três anos depois, a iluminação daquele trecho não foi providenciada, prejudicando a visibilidade dos condutores e aumentando os riscos principalmente para quem anda de bicicleta e moto.
Outro sério problema é que não foi planejada uma rotatória para que a RR-205 se conectasse com a Avenida Padre Anchieta, via que interligou os mais de 20 mil moradores dos bairros Cidade Satélite, Silvio Leite, Jardim Primavera e Murilo Teixeira. Como esse entroncamento simplesmente foi eliminado, desde que a obra começou passaram a ocorrer acidentes diários no local, pois não havia sinalização, iluminação nem qualquer orientação aos condutores.
A consequência disso é que quem precisa se deslocar do Cidade Satélite para a Avenida Padre Anchieta agora é obrigado a percorrer vários quilômetros até o primeiro contorno, dificultando a vida das pessoas que moram ou trabalham nos demais bairros. Um protesto dos moradores foi realizado há cerca de duas semanas no local, reclamando do problema e pedindo solução para que seja construída uma rotatória no local.
Quando a população não é consultada e quando se desconhece a realidade de cada setor da cidade, o resultado é que os problemas acabam surgindo. Mesmo que sejam instaladas iluminação e sinalização na estrada, os acidentes provavelmente irão continuar ocorrendo, pois os moradores tentarão de todas as formas “furar” os bloqueios na tentativa de buscar uma rota mais fácil e rápida para se locomover entre os bairros.
É preciso que as autoridades deem uma solução para o problema. Inclusive. O Ministério Público de Contas realizou uma fiscalização em abril do ano passado, dois anos após a obra ter iniciado. Naquele momento, os moradores já relatavam os constantes acidentes naquele trecho da rodovia. Algo precisa ser feito, pois a qualquer momento pode ocorrer um acidente mais sério, o que poderá custar a vida das pessoas que por lá circulam.
*Colunista