AFONSO RODRIGUES

Um olho na entrada e outro na saída

“A vida não tem mais do que duas portas: uma de entrar, pelo nascimento; outra de sair, pela morte”. (Rui Barbosa)

Na entrada nem percebemos que estamos saindo. Mas, o Rui não quis brincar quando escreveu essa pérola. Ele, certamente, se refere à nossa entrada na arena da vida. Onde vamos primeiro aprender a viver, para nos prepararmos para a saída, pegando o trem para o mundo, de onde voltaremos. E é na volta que nos registamos no cartório da caminhada no ir e vir. Então vamos prestar atenção ao alerta do Rui Barbosa. Estejamos sempre em alerta para nossa responsabilidade na caminhada. E tudo é muito simples. Nenhum de nós ignora a verdade de que um dia voltaremos para o mundo de onde viemos. E que quando chegarmos lá teremos que voltar para o mundo de onde saímos. Então esfriemos a cabeça e vamos viver a vida por aqui, como ela deve ser vivida.

Comecemos nossa jornada descomplicando a vida. Por que perdermos nosso precioso tempo nos aborrecendo com o que deveria ser ignorado? Sempre que você se aborrecer com alguém que chamou você de tolo, lembre-se desta: Foi no início da década dos anos cinquentas que assisti, no Teatro Municipal de Natal, em Natal, a uma peça teatral do Jaime Costa, intitulada: “Compra-se um Marido”. Já te contei essa história. Então vamos ao assunto. Um amigo do candidato ao casamento, criticou o amigo dizendo que ele estava dando uma de tolo com aquele casamento. E a resposta do noivo foi: “Não há bobo mais bobo do que o bobo que pensa que eu sou bobo”. O cara casou, botou nos eixos a noiva estrambelhada, e ficou milionário.

O melhor que você pode fazer é ser você em você, e não no que o tolo pensa que você é. Porque se você se aborrecer, vai se igualar a ele. Procure sempre o melhor em sua vida. Leve sempre em consideração que você está passando pelo mundo onde você chegou e tem que sair, querendo ou não. Somos todos da mesma origem, viemos todo do mesmo mundo, para onde teremos que voltar. Mas na nossa volta, é necessário que nos aprimoremos no que somos de origem. E nossa origem não está no parto. O que é outra história muito simples e que a complicamos pra dedéu.

Sinta-se feliz, sempre, independentemente de qualquer obstáculo que possa surgir na sua frente. O Raimundinho já nos mandou o recado quando lhe perguntei como ele passaria por uma árvore caída e atravessada na estrada. A resposta foi simples e exemplar: “Eu pulo pu riba”. E só por respeito à seriedade na resposta, prendi meu riso e apenas sorri para o escoteiro “lobinho”. Busque a felicidade em você mesmo ou mesma. Ela está em sua mente. Pense nisso.

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