AFONSO RODRIGUES

Vamos de mãos dadas

“Não fomos postos nesse mundo apenas para existir; fomos postos aqui para viver, e viver significa envolvermo-nos com os outros”. Samuel Dodson)

Chegamos aqui, pelo que nos consta, há vinte e uma eternidades. E desde então não progredimos, e ao contrário, regredimos. E ainda pensamos que nos recuperaremos através das guerras, briguinhas comadrescas, falatório, e coisas assim. E de acordo com dados de cientistas na matéria, não sabemos quanto dilúvios já tivemos. E o alerta é que o próximo dilúvio está na iminência de acontecer. Tenho pensado nisso e fico rodando como pião no asfalto. Porque depois de um dilúvio muito tempo passará até que acordemos e comecemos a viver. E como será o início de uma nova geração? Teremos que iniciar com fantasias, passadas por algum sobrevivente do dilúvio. E a história continua assim, sem rumo, nadando nas velhas fantasias. E começaremos nossas vidas, baseados em fantasias, ilusões e tudo mais. E nesses casos, nossos vizinhos, para nós, não são mais do que meros inimigos.

Vamos acordar e sair do balaio de caranguejo, e do círculo de elefantes de circo. Somos seres humanos, mas de origem racional. O que, de certa forma, indica que ainda não aprendemos a viver. Ainda vemos as pessoas desconhecidas como uma ameaça à nossa vida. Quando na verdade, não interessa quem elas são, o que interessa é o que nós somos. E o Emerson já nos disse: “Você é tão pobre ou tão rico quanto o seu vizinho, senão não seria vizinho dele”. O que significa que somos todos iguais nas diferenças. O maior problema é que não acreditamos nisso, porque ainda não conhecemos o vizinho. E se não o conhecemos, para nós ele deve ser inferior. E não pense que isso é engodo, porque é apenas uma verdade que na sua simplicidade nos complica no entender.

Vamos respeitar nossos vizinhos não importando a distância que nos separe. Porque somos vizinhos na condição de seres humanos chegados aqui sobre a Terra, no mesmo nível de racionalidade. A queda vem no desenvolvimento mental, que deve, e não está, evoluir racionalmente. E nunca alcançaremos o nível racional, enquanto não nos respeitarmos, indiferentemente da condição e distância que nos separe, física ou mental. Vamos viver a vida dentro do padrão racional que não nos prende a orientações dos que nem sempre têm condições de orientar. Busque sua caminhada pelas veredas da racionalidade. E ser racional não significa ser orientado dentro dos limites de orientações vindas dos desorientados racionalmente. Você é o timoneiro da sua vida. Não permita que ninguém o dirija. Siga o caminho da racionalidade. Pense nisso.

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