AFONSO RODRIGUES

Vamos primeiro educar

“O tolo tem uma grande vantagem sobre o homem inteligente: está sempre satisfeito consigo mesmo”. (Napoleão Bonaparte)

Enquanto não formos um povo verdadeiramente educado não devemos ser tão rigorosos nas críticas ao político. Sabemos que ainda temos políticos no Brasil, mas são uma minoria desoladora. O que os leva a ficarem parados na impossibilidade de exercer a política. E isso continuará até que acordemos da nossa dormência educacional. Como ainda somos considerados cidadãos, sem nem mesmo sabermos o que é ser cidadão, vamos agindo e sofrendo como marionetes títeres de espertalhões. E é por isso que devemos nos educar, já que não nos educam, para respeitar a pessoa quando criticamos o político. Primeiro porque ele não é político, mas apenas alguém que foi colocado na política para viver da política. E quem o colocou lá foi o eleitor que pensa que é cidadão. Que inda não acordou para perceber que enquanto continuar elegendo falsos políticos, continuará sendo ludibriado. Então vamos nos educar, para elegermos políticos e não vigaristas.

Enquanto formos obrigados a votar continuaremos votando por obrigação e não por dever. Mas temos que nos educar para entender isso. Quando somos obrigados a votar não temos condições de escolher, onde não há escolha. Mas para que possamos ter um voto livre, facultativo, é necessário que nos eduquemos politicamente. Mas isso não interessará aos mandões da nossa política ainda capenga. E enquanto não entendermos isso e procurarmos os nossos direitos de cidadania, não seremos educados. Continuaremos como marionetes de partidos políticos que ainda não assumiram a responsabilidade de selecionar, respeitosamente, os candidatos que nos oferecerão como dignos do nosso voto.

Ou nos educamos ou continuaremos elegendo, irresponsavelmente, “políticos” que ainda veem a política como o melhor e maior meio de enriquecimento. E como temos exemplos desse descaramento que é resultado da nossa ignorância política. Vamos nos educar para podermos iniciar uma luta renhida pela nossa liberdade no voto. Mas não nos esqueçamos que só conseguiremos isso com educação. Que é o que deveria estar nos preocupando nas críticas que estão indo além da severidade. Vamos assumir nossa responsabilidade na construção da nossa Democracia que ainda está com “d” minúsculo. E não será com gritos esfarrapados que iremos resolver um problema sério que está se arrastando, quando já deveria ser nosso orgulho na solução.

Vamos ser mais comedidos e fazer nossa parte na caminhada de progresso que só está dependendo da nossa Educação ainda engavetada. Pense nisso.

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