Veja o que é mais importante
Afonso Rodrigues de Oliveira
“Há uma coisa muito mais forte que o capricho das crueldades políticas: é a opinião pública de uma nação livre, próspera, feliz, moralizada”. (Rui Barbosa)
A opinião pública é, indiscutivelmente, poderosa. O problema é que ainda não aprendeu a usar o poder, civilizadamente. E não é um problema único do brasileiro, mas universal. Afinal, somos todos seres humanos. Ainda não aprendemos a ser racionais. Para que possamos usar nosso poder é preciso que nos eduquemos, para nos civilizarmos. E para poder dizer o que queremos, no que realmente somos. Porque o que ouvimos de boboquices nas discussões políticas, dói. E o pior é que quanto mais boboca, mas valioso.
Vamos treinar para podermos atravessar o campo minado. E ele está ficando cada vez mais, perigoso. O que nos chama a atenção para o perigo que estamos enfrentando. Se você prestar bem atenção verá que o mundo está virando de cabeça para baixo. É como se estivemos treinando para o próximo dilúvio. E nem percebemos que o ensaio está cada vez mais desbaratado. E tudo é simples pra dedéu. É só acordarmos e encarar o mundo e a vida no mesmo equilíbrio. Então vamos acordar. Vamos parar de ficar discutindo o indiscutível. Vamos parar de ficar discutindo política sem entender de política.
Vamos com calma na condução do andor, porque o santo é de barro. Vamos conduzi-lo com cautela e reponsabilidade. Não nos esqueçamos de que somos nós, eleitores, os responsáveis pelos políticos que temos. Então vamos encarar nossa responsabilidade com civilidade. E só conseguiremos isso com muita educação. E esta nem sempre está no que aprendemos nas escolas. Abraham Lincoln já nos disse: “Tudo aquilo que eu sou ou espero ser, eu devo ao anjo que foi minha mãe”. A educação nasce no berço, independentemente da riqueza ou pobreza do berço. O que indica que devemos ser mais cuidadosos na maneira como educamos nossos filhos.
Einstein também disse: “Somos todos ignorantes. O que acontece é que nem todos ignoramos as mesmas coisas”. Se você acha que é o dono da cocada-preta, cuidado. Você também está no grupo dos que não ignoram as mesmas coisas. O que nos obriga a nos educarmos todos os dias, para que possamos melhorar o mundo. E o Brasil faz parte desse mundo. E nós somos responsáveis pelo nosso País. Então vamos fazer o melhor que pudermos fazer para sermos respeitados como cidadãos. É simples pra dedéu.
“Brasil esse colosso imenso, gigante de coração de ouro e músculos de aço. Que apoia os pés nas regiões Antárticas, e que aquece a cabeleira na fogueira dos Trópicos”.
Cuide do Brasil nas próximas eleições. Pense nisso.
99121-1460
Como ajudar um familiar com Alzheimer?
Artigo por Syomara Smizdiuk*
Neste fevereiro roxo, lembramos da conscientização sobre o Alzheimer, e, por isso, considero fundamental explicar o papel importante da terapia ocupacional (TO) nos longos anos de tratamento.
O Alzheimer provoca a degeneração e morte das conexões cerebrais, e não apenas a memória é afetada, mas também as atividades do cotidiano, como comer, vestir-se, trocar de roupa. A boa notícia é que a família e o terapeuta podem ajudar o paciente a prolongar sua independência.
Em primeiro lugar, quais são os estágios da doença? Quando é inicial, surgem alterações de memória, desorientação e mesmo falhas na linguagem. Segue-se um período intermediário em que a perda dessas funções se aprofunda, afetando ainda a capacidade de planejamento e abstração, além das emoções, personalidade e comportamento social. Quando atinge o estágio mais avançado, o paciente pode passar por incontinência urinária e fecal, convulsões e outras perdas.
Quando chegam ao consultório do terapeuta ocupacional, as famílias costumam relatar a perda da capacidade de realizar atividades que o paciente sempre fez, como comer e cortar os alimentos, segurar um copo, tomar banho, planejar a roupa que irá vestir, entre outras. Existe ainda a ocorrência do Alzheimer por excesso de medicamento, como sequela do tratamento de lesões ou convulsão, por exemplo. Costuma-se dizer que o Alzheimer é uma doença social, e isso envolve a perda do reconhecimento do outro e também do controle da agenda diária e da capacidade de planejamento.
A partir das sessões de TO, tenta-se prolongar ao máximo a capacidade cognitiva, pois é possível trabalhar aspectos da vida diária e do pensamento, ao estimular a memória, a atenção e a concentração, seja com jogos ou com a rememoração do passado, entre outros recursos. Quanto mais conseguirmos estimular essas capacidades, melhor para o paciente e sua família. Com inúmeros recursos, o objetivo é a manutenção das atividades de vida diária e da inteligência pelo máximo de tempo possível.
Por fim, quero comemorar a descoberta por cientistas brasileiros de proteína biomarcadora, que pode estar relacionada ao desenvolvimento do Alzheimer. Trata-se de um passo em direção ao desenvolvimento de medicamentos que evitam o envelhecimento dos astrócitos, prevenindo, assim, doenças como o Alzheimer. Quem sabe no futuro falaremos de prevenção e cura?
* Syomara Cristina Szmidziuk atua há 31 anos como terapeuta ocupacional, e tem experiência no tratamento e reabilitação dos membros superiores em pacientes neuromotores. Faz atendimentos em consultório particular e em domicílio para bebês, terapia infantil e juvenil, para adultos e terceira idade. Desenvolve trabalho com os métodos RTA e terapia da mão, e possui treinamento em contenção induzida, Perfetti (introdutório), Imagética Motora (básico), Bobath e Baby Course (Bobath avançado), entre outros.