Bom dia,
Hoje é quinta-feira (28.07). Vez por outra, vamos dar ênfase neste espaço para abordagem sobre as eleições a Presidência da República, afinal, mesmo que o colégio eleitoral de Roraima não tenha capacidade de influenciar o resultado da corrida pelo Palácio do Planalto, do ponto de vista local, não há dúvida de que o futuro próximo do nosso estado passa pelo novo governo brasileiro, ou permanência do atual, a partir de 1º de janeiro de 2023. A depender de quem seja o novo ocupante do Palácio do Planalto, poderemos avançar no processo de desenvolvimento de Roraima, assim como retroceder por conta das amarras institucionais que possam ser criadas em matéria ambiental e indígenas.
Sem dúvida, o que está em jogo na eleição atual para presidente da República, segundo as mais recentes pesquisas de intenção de votos, é uma polarização entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula da Silva (PT). O olhar de cada um desses candidatos sobre Roraima, para além de suas diferenças ideológicas, é bem distinto. Bolsonaro quer a exploração das riquezas naturais do estado de Roraima e da Amazônia. Lula é o representante da visão do ambientalismo internacional sobre a região. Isso faz a diferença.
CORREÇÃO
A Parabólica noticiou que a vereadora Aline Rezende (PRTB) seria a primeira suplente do candidato ao Senado Federal, o deputado federal Hiram Gonçalves (PP). Não é verdade, até agora por compromisso com o senador Mecias de Jesus (PRB), o primeiro suplente de Hiram Gonçalves é o jornalista José Raimundo Rodrigues, conhecido no meio político e profissional como JR. Está feita a correção, embora a prudência mande que se espere até o encaminhamento das atas de convenção ao Tribunal Regional Eleitoral, com o respectivo pedido de registro das candidaturas.
PRIMEIRO
Como a Folha noticiou, o União Brasil que vai ser um dos últimos partidos a realizar a convenção nacional, aqui em Roraima foi o primeiro a pedir o registro das candidaturas a deputado estadual e deputado federal. A sigla não vai ter candidato ao Senado Federal e ao governo do estado, mas pelas declarações públicas de seus dirigentes, seus candidatos devem apoiar a reeleição do governador Antônio Denárium (PP) e ao Senado Federal o apoio será ao deputado federal Hiram Gonçalves (PP), O União Brasil é a sigla com mais candidatos oriundos do meio policial dentre todos os que disputam as eleições proporcionais em Roraima
POLICIAIS
Aliás, bem que mereceria uma análise sociológica e política sobre o grande número de policiais militares, civis e de outras corporações policiais e militares, inclusive de ex-integrantes do Exército Brasileiro que disputam cargos de deputado federal e deputado estadual nestas eleições de 2022. Eles estão na nominata de quase todos os partidos que vai do centro a direita no espectro ideológico. Muitos poucos deles disputam esses cargos em partidos de esquerda. É claro, quase todos eles representam interesses corporativos, mas o certo é que os números mostram que eles são prestigiados pelos eleitores. Basta ver que na atual composição da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) dos 24 parlamentares, quatro deles têm origem policial/militar.
IMAGENS
Nas imagens que foram divulgadas pela imprensa sobre a convenção nacional do PP, realizada ontem, em Brasília na Câmara dos Deputados, o deputado Hiram Gonçalves (PP), candidato ao Senado Federal, apareceu com destaque entre os políticos que compunham a mesa diretora do evento que aprovou a coligação daquele partido com o PL do presidente Jair Bolsonaro. Hiram tem estreita ligação com o presidente da Câmara Federal, o deputado federal alagoano Arthur Lira (PP), e muita gente aposta que essa aproximação poderá resultar em manifestação de apoio explícito de Bolsonaro tanto para ele, quanto para a reeleição do governador Antônio Denárium (PP).
REFORÇO
O governado Antônio Denárium esteve presente na convenção nacional do PL, realizada no último domingo no Rio de Janeiro, no Ginásio Celso de Barros, conhecido nacionalmente como Maracanãzinho. Ao discursar no evento, o presidente Jair Bolsonaro referiu-se a Denárium como um parceiro no governo de Roraima. Analistas da política local dizem também que o governador de Roraima conta com um reforço de peso na sua relação com política com Bolsonaro: trata-se de Deilson Bolsonaro, que não é parente do presidente da República, mas tem ligação estreita com sua família, a ponto de ser autorizado a utilizar politicamente seu nome. Deilson é candidato a deputado federal pelo PP de Roraima.
PATRIMÔNIO
Há pelo menos, dois dados registrados na Justiça Eleitoral que são exigidos dos candidatos, mas que são feitos para “inglês ver”, como se dizia antigamente. O primeiro diz respeito a apresentação pelos candidatos a governador/governadora de um programa de governo para seus quatro anos de gestão. Ninguém até hoje foi exigido, e muito menos cassado, mesmo que não cumpra nada do que prometeu naquele documento que acompanha o pedido de registro no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Outro dado de mentirinha, quase generalizado é a declaração patrimonial dos candidatos, que nunca é checado e comporta qualquer coisa. Nos dois casos esses dados servem apenas de munição para os adversários.