A íris-amarela (Iris pseudacorus) é uma planta admirada por suas flores exuberantes e coloração intensa, que conferem ao jardim um toque de elegância natural. Embora seja conhecida por sua rusticidade, muitas pessoas não sabem que ela pode florescer mais de uma vez ao ano — desde que receba os estímulos corretos. Neste artigo, revelamos quatro segredos essenciais para induzir uma floração repetida, mantendo a beleza da íris-amarela por muito mais tempo.
1. Controle a poda após a primeira floração
A poda correta é uma das chaves para incentivar a íris-amarela a florescer novamente. Após o término da primeira florada, é fundamental remover as hastes florais secas com uma tesoura de poda bem afiada. Esse corte direciona a energia da planta para a produção de novas brotações, em vez de manter estruturas já esgotadas.
Além disso, é importante retirar as folhas amareladas ou danificadas para manter o visual limpo e favorecer a ventilação entre as touceiras. Esse processo ajuda a prevenir o surgimento de fungos, além de estimular a planta a concentrar recursos nos rizomas, o que prepara o terreno para uma nova floração em poucos meses.
Dica bônus: evite podas muito agressivas. Mantenha as folhas saudáveis, pois são elas que realizam a fotossíntese e alimentam a planta entre os ciclos de flor.
2. Estimule com adubação rica em fósforo
O segundo segredo está na nutrição. Embora a íris-amarela cresça bem em ambientes naturais e até em solos pobres, quem deseja múltiplas florações precisa oferecer nutrientes de maneira estratégica. O fósforo é o grande responsável pelo estímulo à floração, e deve ser priorizado nos meses que antecedem os períodos quentes.
Aplique um fertilizante do tipo NPK 4-14-8 ou 10-20-10 a cada 60 dias, sempre após uma boa rega, para evitar queimar as raízes. Se preferir uma abordagem mais natural, adicione farinha de ossos ao solo ou ao substrato, misturando levemente para garantir a liberação gradual dos nutrientes.
Lembre-se: o excesso de nitrogênio (N) pode favorecer o crescimento das folhas, mas prejudica a produção de flores. Por isso, equilibre bem a fórmula e observe como a planta responde.
3. Faça a divisão dos rizomas periodicamente
A íris-amarela se multiplica por rizomas — estruturas subterrâneas que armazenam energia e geram novas brotações. Com o tempo, esses rizomas formam touceiras densas, o que pode dificultar o florescimento, já que a planta começa a competir consigo mesma por luz, nutrientes e espaço.
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Por isso, a cada dois ou três anos, faça a divisão das touceiras. Retire a planta do solo ou do vaso, separe os rizomas com uma faca limpa e replante apenas os mais saudáveis, com folhas novas e raízes firmes. Os pedaços reaproveitados devem ser replantados em solo fértil e úmido, com boa exposição solar.
Esse procedimento não só estimula uma nova onda de florescimento, como também rejuvenesce a planta, permitindo que ela mantenha seu vigor por muitos anos.
4. Garanta luminosidade constante e umidade controlada
A íris-amarela precisa de sol para florescer em abundância. Esse é, sem dúvida, um dos fatores mais determinantes para que a planta produza flores mais de uma vez por ano. O ideal é cultivá-la em local que receba pelo menos 6 horas de luz solar direta diariamente.
Além da luz, a umidade do solo deve ser constantemente monitorada. Por ser uma planta adaptada a ambientes úmidos, como margens de lagos e brejos, a íris-amarela não tolera solos secos por longos períodos. O solo ideal deve ser encharcado ou, no mínimo, constantemente úmido — especialmente durante o ciclo de crescimento e antes da floração.
Quem cultiva em vaso pode optar por recipientes sem furos de drenagem, com uma camada de água permanente no fundo. No jardim, plante em áreas mais baixas, onde a água tende a se acumular, ou use cobertura orgânica para manter a umidade por mais tempo.
Por que vale a pena apostar na íris-amarela?
Além de ser uma planta resistente e de fácil manutenção, a íris-amarela tem um papel ecológico importante. Ela atua como biofiltro natural, purificando a água ao redor e ajudando a reduzir a presença de metais pesados e toxinas. Por isso, é frequentemente usada em jardins sustentáveis, sistemas de fitorremediação e projetos paisagísticos de áreas úmidas.
Sua floração intensa atrai polinizadores, como abelhas e borboletas, contribuindo para a biodiversidade. Com os cuidados certos, é possível transformá-la em uma das principais estrelas do jardim, com múltiplas florações ao longo do ano
