Como fazer mudas de zamioculcas na água em 5 passos

3 erros comuns que podem prejudicar a zamioculcas na hora da rega — Foto: Freepik

A zamioculca (Zamioculcas zamiifolia) é uma das plantas mais populares para quem busca uma opção decorativa, resistente e fácil de cuidar. Conhecida por sua folhagem brilhante e capacidade de se adaptar a diferentes ambientes, ela é uma ótima escolha para interiores. Além disso, sua propagação pode ser feita de maneira prática e eficiente na água, permitindo a multiplicação da planta sem a necessidade de solo.

Propagar zamioculcas na água não é apenas um método simples, mas também uma forma de acompanhar de perto o crescimento das raízes antes de transferi-las para um vaso definitivo. Se você quer aprender como fazer isso da maneira correta, siga estes 5 passos essenciais para garantir mudas saudáveis e bem desenvolvidas.

1. Escolha e corte os galhos ou folhas corretamente

O primeiro passo para obter sucesso na propagação da zamioculca na água é escolher folhas e galhos saudáveis. Como essa planta armazena água em suas raízes e caules, é importante selecionar partes que estejam bem hidratadas e sem sinais de deterioração.

Duas formas de corte

Propagação por galhos: Escolha um ramo saudável, de preferência um que tenha folhas maduras. Utilize uma tesoura de poda bem afiada para cortar o galho próximo à base da planta, garantindo um corte limpo.
Propagação por folhas individuais: Caso prefira um método ainda mais simples, você pode remover folhas individuais da planta. Escolha folhas robustas e retire-as puxando delicadamente ou cortando rente ao caule.

Independentemente do método escolhido, é importante deixar os cortes secarem por algumas horas antes de colocá-los na água. Esse tempo de espera ajuda a evitar o apodrecimento prematuro das partes cortadas.

2. Coloque os cortes em um recipiente com água limpa

Depois de escolher e preparar as folhas ou galhos, o próximo passo é colocá-los na água. Aqui estão algumas recomendações importantes para garantir um ambiente propício ao enraizamento:

Utilize água filtrada ou de chuva, pois a água da torneira pode conter cloro e outras substâncias que podem dificultar o crescimento das raízes.
Escolha um recipiente de vidro transparente, pois isso facilita a visualização do desenvolvimento das raízes e permite trocas regulares da água.
Certifique-se de que apenas a base do caule ou a extremidade das folhas esteja submersa, evitando que outras partes fiquem mergulhadas e apodreçam rapidamente.
Troque a água a cada 3 a 5 dias para evitar a proliferação de bactérias e fungos, mantendo um ambiente limpo para as raízes crescerem.

3. Posicione o recipiente em um local iluminado

A iluminação desempenha um papel fundamental no sucesso da propagação. Como a zamioculca é uma planta tropical que se adapta bem a ambientes internos, o ideal é deixá-la em um local onde receba luz indireta.

Evite expor o recipiente diretamente ao sol, pois isso pode superaquecer a água e danificar os cortes antes que consigam desenvolver raízes. O melhor local para posicionar suas mudas é próximo a uma janela que receba luz difusa ao longo do dia.

Além disso, manter a temperatura ambiente entre 20°C e 28°C favorece o processo de enraizamento, garantindo um crescimento mais rápido e saudável.

Zamioculcas em vaso sorbre a mesa, em um ambiente iluminado e aconchegante (2) — Foto: Freepik

4. Acompanhe o crescimento das raízes

O enraizamento da zamioculca pode levar algumas semanas ou até meses, dependendo das condições de cultivo. Durante esse período, é fundamental acompanhar o progresso e garantir que tudo esteja ocorrendo corretamente.

Nos primeiros dias, pode ser que os cortes pareçam sem mudanças, mas com o tempo, a base do caule ou folha começará a engrossar. Esse é um sinal de que as raízes estão prestes a se formar.
Caso perceba que alguma folha está escurecendo ou apresentando sinais de apodrecimento, descarte-a imediatamente para evitar que a contaminação se espalhe.
Continue fazendo a troca da água regularmente, garantindo que as mudas sempre tenham um ambiente limpo e favorável ao desenvolvimento das raízes.

Depois de algumas semanas, será possível notar pequenas raízes brancas surgindo na base do caule ou das folhas. Assim que essas raízes atingirem cerca de 5 cm de comprimento, a muda estará pronta para ser transplantada.

5. Transplante para o solo quando as raízes estiverem desenvolvidas

Após o enraizamento completo, chega o momento de transferir a zamioculca para o solo. Essa etapa é crucial para que a muda se fortaleça e continue se desenvolvendo de maneira saudável.

Dicas para um transplante bem-sucedido:

Escolha um vaso com boa drenagem, garantindo que a água não fique acumulada nas raízes, o que poderia causar apodrecimento.
Utilize um substrato leve e bem aerado, preferencialmente uma mistura de terra vegetal com areia grossa ou perlita, proporcionando um solo solto e drenante.
Nos primeiros dias após o transplante, regue com moderação, apenas o suficiente para umedecer o solo. Como a zamioculca armazena água em suas raízes, o excesso de umidade pode prejudicar sua adaptação.
Mantenha a planta no mesmo ambiente onde estava durante o enraizamento para evitar um choque brusco nas condições de luz e temperatura.

Com o passar do tempo, a muda continuará a crescer e desenvolver novas folhas, tornando-se uma planta adulta cheia de vida e beleza.

Fazer mudas de zamioculca na água é um método prático e eficaz para multiplicar essa planta resistente e decorativa. Além de ser um processo acessível para iniciantes, ele permite observar cada estágio do enraizamento antes de transferir a planta para o solo.

Seguindo esses 5 passos, você poderá criar novas zamioculcas para sua casa, seu jardim ou até mesmo para presentear amigos e familiares. Com paciência e os cuidados adequados, suas mudas crescerão saudáveis e se tornarão tão exuberantes quanto a planta-mãe