Julho, ou nesse caso, Julho Amarelo foi o mês escolhido para abordar e conscientizar sobre a hepatite infecciosa. Apesar do foco da campanha geral não estar nos bichanos, é de extrema importância que você, tutor, saiba que a doença também acomete nossos companheiros fiéis.
A enfermidade em questão não é apenas perigosa, mas igualmente silenciosa em uma grande parte dos casos. Portanto, visando a orientação e principalmente a segurança dos cães, estar atento a estes pontos irá guiar os donos para que consigam identificar, tratar e o mais importante: prevenir a hepatite.
A importância da campanha: sintomas e prevenção
Na campanha são tratados sobre os 5 tipos existentes dessa doença: A, B, C, e D, cada qual com uma particularidade, como transmissões por diferentes vias. De acordo com dados do Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig), as hepatites B e C são responsáveis por 74% dos casos, e a tipo C, é responsável por 76% dos óbitos
O principal objetivo das ações desse mês é alertar os cidadãos sobre os sintomas, a importância da busca pelo diagnóstico e os meios de transmissão. Sobre isso, o aviso é referente aos sinais de cansaço, febre, enjoo, vômito, tontura, dor abdominal, olhos e pele amarelados, urina escura e fezes claras.
Existe hepatite canina?
A hepatite canina existe, e tão importante quanto saber que dados como os que acabamos de mostrar, é saber que ela também pode afetar o seu amigo de quatro patas.
Cuidar do bem-estar dos cães é mais do que dar banho e oferecer comidas e brinquedos — além de muito amor e carinho, é claro —, mas estar ciente da prevenção de enfermidades e levá-lo rotineiramente a um médico veterinário.
Transmissão
Nos cachorros, a hepatite é causada pelo adenovírus canino tipo 1 (CAV-1), relata o médico-veterinário e gerente técnico da MSD Saúde Animal, Márcio Barboza. Ela também é conhecida como doença de Rubarth, e, além disso, é válido lembrar que a hepatite canina é transmitida de cão para cão, e nesses casos, os humanos estão a salvo.
Por se tratar de um vírus, o contágio é fácil, alto e rápido, e ocorre principalmente por saliva, secreção nasal, urina, fezes e até mesmo em consequência da leptospirose ou toxoplasmose.
Assim como nos seres humanos, o fígado é o órgão acometido pela doença, a qual se manifesta em mais de uma forma:
Subclínica: tipo mais leve, o próprio organismo do animal se defende sozinho, e por esse motivo pode passar despercebida na maioria dos casos, ou então, apresentar-se em leves sintomas.
Aguda: sintomas variáveis e bem presentes. Nesses casos, o acompanhamento veterinário durante 1 semana é imprescindível, caso contrário, o cão pode vir a óbito.
Hiperaguda: forma mais acentuada da doença e de desenvolvimento rápido. Desse modo, geralmente não é possível curar o pet a tempo, fazendo com que ele faleça devido a essa condição.
Sintomas
Os sintomas são uma das informações mais necessárias para qualquer doença, pois é a partir deles que você pode (e deve!) buscar ajuda, portanto, caso seu cão apresente alguns dos sinais abaixo, corra com ele até uma clínica veterinária:
-aumento da língua, aumento da temperatura, vômito, diarreia, sede maior do que o usual, apatia, tosse, sangramento, conjuntivite e alterações neurológicas (convulsão, tremores, desorientação, andar em círculos, cegueira ou pressionar a cabeça contra a parede).
A hepatite canina tem cura?
A cura da hepatite canina existe e o tratamento é conduzido depois do diagnóstico devidamente feito por um veterinário. Lembre-se de que orientações através da internet, assim como essa, servem para dar um parâmetro geral, e nunca substituirá o auxílio de um profissional particular.
Após a conclusão médica, o tratamento consiste principalmente em fortalecer o fígado com a administração de soro juntamente a suplementos vitamínicos. Além disso, para inibir sintomas como vômito e diarreia, o profissional prescreve outros medicamentos específicos. Em casos mais graves, a transfusão de sangue também fará parte do tratamento.
Previna seu pet!
O tratamento precoce é um indicador de que ele será bem-sucedido, e a possibilidade de cura é mesmo animadora, mas nenhuma intervenção será tão eficiente quanto a prevenção. Afinal, diminuir as chances de doenças é garantir a segurança física do pet.
Vacinas preventivas
Polivalente óctupla (V8) ou déctupla (V10) aos 45 dias de vida e duas doses em 3 a 4 meses + reforço anual. Nos adultos nunca vacinados, segue a mesma orientação.
Apesar do tratamento e da cura, no primeiro sinal de qualquer um dos sintomas, leve seu cão a um Hospital Veterinário 24h, pois a hepatite causa danos a um dos órgãos vitais mais importantes. Os cuidados com ele são tão significativos, que se não cuidarmos, problemas neurológicos podem aparecer, além dos danos físicos no geral.
Julho Amarelo
Julho amarelo é o nome dado à campanha de conscientização sobre as hepatites virais. Ela foi instituída no Brasil através da Lei n.º 13.802/2019, e, segundo indica o Ministério da Saúde, o mês de julho serve para reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle dessas doenças.
Já o termo “amarelo” está relacionado ao fígado, órgão afetado pela hepatite. Quando uma pessoa está com essa região afetada (independentemente da doença), ela tende a ficar com algumas partes do corpo amareladas.