Lei que estimula campanha de doação de sangue entre pets em Roraima é aprovada

Animais doadores devem ter entre um e seis anos e é fundamental que vacinas e vermífugos estejam em dia

Antes do procedimento, os pets doadores passam por uma avaliação para garantir que estão em condições de doar (Foto:  Eduardo Andrade/Alerr)
Antes do procedimento, os pets doadores passam por uma avaliação para garantir que estão em condições de doar (Foto: Eduardo Andrade/Alerr)

Nesta quinta-feira (1º), Roraima celebra o Dia do Pet Herói Doador, data instituída pela Lei nº 1.819/2023. O intuito da norma, de autoria do deputado Chico Mozart (Progressistas), é reconhecer e incentivar a doação de sangue entre animais de estimação.

Assim como os humanos, os animais podem precisar de transfusões de sangue por diversas razões, como doenças que destroem células sanguíneas ou traumas que causam hemorragias internas. Por isso, a doação de sangue entre pets contribui para a recuperação desses pacientes.

Foto: Eduardo Andrade/Alerr

A data homenageia pets como a “Choco” e a “Bombom”, cadelas da raça american bully que têm como tutor o atendente de farmácia Yago Mendes. Ele destacou que a iniciativa de doar é relevante também para o conhecimento da prática pela população roraimense.

“Fui convidado por uma clínica para levar meus cães para doar sangue porque tem sempre outro animal precisando de ajuda, e pode ser que, algum dia, as minhas cadelas também precisem. Levar os cães é um procedimento bem simples e tranquilo, que não oferece riscos aos animais. Por isso, acho bem importante esse gesto”, avaliou o tutor.

Foto: Eduardo Andrade/Alerr

O médico veterinário Thiago Monteiro ressaltou que, para doação de sangue, os pets doadores passam por uma avaliação para garantir que estão em condições de doar, em que devem estar saudáveis, vacinados e ter um bom peso.

“Um dos principais critérios é que o animal tenha entre um e seis anos, que é a idade ideal para doação de sangue. É fundamental que as vacinas e os vermífugos estejam em dia para evitar a contaminação do sangue e a transmissão de possíveis doenças ao pet que necessita da transfusão”, informou o profissional.

Foto: Eduardo Andrade/Alerr

A campanha de doação incentivada pela lei é ainda mais relevante quando se constata que não há um banco de doação entre pets regulamentado e unificado no Estado.

“Os animais têm mais fatores sanguíneos que os humanos, com vários tipos, dificultando um pouco mais as transfusões. Além disso, não temos um hemocentro para pets, o que necessita a realização de exames para determinar a compatibilidade do sangue disponível”, declarou Thyago.

A lei estadual pode ser verificada na íntegra pro meio do Sistema de Apoio ao Processo Legislativo (SAPL) da ALE-RR. Lá, é possível conhecer as normas sancionadas e as proposições legislativas que estão em tramitação.