Candidatos desclassificados no processo seletivo simplificado para a contratação de tradutores e intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais) e cuidadores destinados à rede estadual de ensino denunciaram irregularidades no certame. O resultado final dos aprovados foi divulgado na última sexta-feira (12).
Segundo os relatos, pessoas sem nível superior na área da educação e com pontuação baixa foram convocadas, enquanto outros candidatos, com pontuação mais elevada, foram desclassificados sem motivo aparente. É o que afirma Thais Cristine Castro Gomes, de 25 anos, que havia atingido a pontuação máxima, mas, ao conferir o resultado, foi surpreendida com a desclassificação.
“Me sinto prejudicada. Sentimento de tristeza, pois vi pessoas com 25 pontos sendo convocadas, e eu, que atingi a pontuação máxima, desclassificada. Uma falta de respeito com os candidatos. Eles [Seed] alegam que todos os candidatos que se inscreveram pra cuidar do sexo oposto foram desclassificados, porém, no edital não falava nada sobre isso. Identifiquei duas mulheres que se inscreveram pra cuidar do sexo masculino e estão convocadas”, afirmou Thais.
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Estima-se que a corporação possui um déficit de 891 bombeiros. Ao menos quatro parlamentares solicitaram a realização do certame, sendo que um deles pediu 360 vagas
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Inscrições podem ser feitas exclusivamente pela internet. Prova objetiva está marcada para 8 de dezembro. Certame exige nível Médio
A FolhaBV também conversou com as candidatas Cristheffane Andrade Alves, de 27 anos, e Bruna Luize Alves Sampaio, de 19, que alegaram haver irregularidades no processo seletivo. Ambas se sentem injustiçadas com o resultado e planejam ir ao Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) para realizar uma denúncia.
“Se a minha nota tivesse sido inferior, eu nem iria contestar. Mas é um absurdo pessoas com menos entrararem e eu ser desclassificada sem nenhum motivo aparente. Nem no quadro reserva eu fiquei, poderia pelo menos ser chamada futuramente, mas nem isso, sendo que tem gente com nota de 5 pontos”, complementou Cristheffane.
O que diz a Seed
A reportagem procurou a Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seed), mas o órgão não se manifestou até a publicação da matéria. O espaço segue aberto.
