ECONOMIA

Carteira assinada supera bolsa família em Roraima, aponta levantamento

Pesquisa feita pelo Sebrae Roraima aponta Uiramutã como município com pior proporção entre empregados e beneficiários do programa social. Foto: internet.

Foram 1.601 novos postos de trabalho gerados por Microempresas. (Foto: reprodução)
Foram 1.601 novos postos de trabalho gerados por Microempresas. (Foto: reprodução)

O levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostra que, em Roraima, o número de trabalhadores com carteira assinada supera o número de beneficiários do programa social Bolsa Família (BF).

Além de Roraima, os estados de Rondônia e Tocantins apresentam essa proporção, enquanto as demais unidades federativas da região Norte possuem mais beneficiários do programa social do que empregados.

Por outro lado, se analisados os dados por município, é possível observar que Boa Vista é o único que apresenta tal proporção, com 25.952 beneficiários do BF para 66.249 trabalhadores formais. O município de Uiramutã apresenta o menor número de carteiras assinadas por beneficiários do governo federal, com 31 empregos formais para 2.098 contemplados pelo BF. Confira o gráfico:

MUNICÍPIOBENEFICIÁRIOS BFEMPREGOS FORMAISPROPORÇÃO
Amajari1.9793136,3
Alto Alegre2.4543746,6
Boa Vista25.95266.2490,4
Bonfim4.4546506,9
Cantá4.5617785,9
Caracaraí4.3171.2743,4
Caroebe2.01715113,4
Iracema1.5829416,8
Mucajaí5.1815888,8
Normandia2.8575005,7
Pacaraima2.6041.4071,9
Rorainópolis4.1271.3263,1
São João da Baliza1.2551.1671,1
São Luiz1.7211938,9
Uiramutã2.0983167,7
Fontes: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e Ministério do Desenvolvimento.

Eckner Oliveira é coordenador de inteligência de dados do Sebrae Roraima e aponta que o cenário econômico do Estado contribui para a geração de empregos.

“Uma série de fatores contribuem para esse resultado, principalmente quando analisamos a situação econômica do Estado. Pelo ambiente econômico propício, as facilidades e incentivos para investimento que Roraima oferece, estamos recebendo empresas de fora, que geram oportunidades em diversos setores. Isso tem contribuído diretamente para esse maior número de empregos formais”, explicou.

De acordo com Eckner, o levantamento subnotifica o número real de trabalhadores do Estado, uma vez que não contabiliza empreendedores informais.

“O número de pessoas trabalhando é até maior do que o apresentado no levantamento, se levarmos em consideração os empreendedores informais, que tiveram crescimento em decorrência da pandemia, em que muitos não tiveram outra opção se não empreender e também os trabalhadores informais”, finalizou.