Os cosméticos são produtos cada vez mais presentes nas rotinas de beleza de homens e mulheres, e a sua ampla variedade e o aprimoramento da qualidade é fruto do trabalho de uma indústria composta por diversos profissionais, dentre eles o engenheiro químico.
A engenharia química possibilita que as pessoas atuem em diferentes áreas, devido a formação multidisciplinar. Dentro da cadeia produtiva de cosméticos, os especialistas são responsáveis por uma série de demandas que explicaremos detalhadamente abaixo:
A atuação do engenheiro químico na indústria da beleza e dos cosméticos
1. Processo produtivo
Este especialista trabalha diretamente na pesquisa e no desenvolvimento de novos produtos e conduz a viabilidade do processo industrial de forma otimizada e focada na qualidade da composição dos itens.
Ele também faz com que a cadeia produtiva esteja adequada às demandas dos consumidores e de ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança).
Na etapa de formulação e manipulação de insumos químicos e da matéria-prima, sua presença é indispensável e fundamental, visto que atesta a segurança e as combinações ideais para a ação dos dermocosméticos.
A tendência mais explorada atualmente tem sido a utilização de compostos mais naturais e uma linha de produção com menos desperdício, para atender os hábitos de consumo mais verdes e limpos dos consumidores.
2. Controle de qualidade e segurança
Para evitar possíveis problemas de saúde e reações alérgicas nos usuários, o engenheiro químico realiza testes físico-químicos, microbiológicos e organolépticos.
Tudo isso faz parte de uma série de processos que avaliam o grau de pureza dos reagentes, inspecionam a matéria-prima, descartam a presença de químicos nocivos e realizam um rigoroso controle de qualidade no resultado final do produto, antes de liberar para a comercialização.
3. Gestão de novas tecnologias e novos desafios
A indústria de cosméticos é um exemplo de sucesso sobre os avanços da pesquisa e da tecnologia empregada nos itens, pois ela é uma das pioneiras na utilização da nanotecnologia para melhorar a qualidade dos produtos, por meio das nanopartículas.
O engenheiro químico está presente nesse processo buscando a melhor maneira de potencializar a composição com essas nanopartículas, de modo que elas consigam ultrapassar as camadas mais profundas da epiderme, satisfazendo as necessidades dos clientes e conferindo características únicas e valor agregado aos produtos.
Entenda por que o mercado de beleza brasileiro é um dos maiores do mundo
O Brasil possui o 4° maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo, de acordo com a Euromonitor. Ficamos atrás somente dos Estados Unidos, da China e do Japão. O setor é responsável por 4% do PIB nacional.
Além disso, somos o 2° país no ranking global dos que mais lançam produtos inovadores e o 4° país que mais consome itens de beleza e bem-estar, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC).
Nos últimos cinco anos (de 2018 a 2022), o setor apresentou um crescimento de 560%, em relação aos períodos anteriores. O faturamento em 2021 alcançou os R$ 124,5 bilhões, e tende a ultrapassar a marca dos R$ 130 bilhões em 2026, segundo projeções da Statista sobre os itens de higiene e cosméticos brasileiros.
Para acompanhar o crescimento e aproveitar as oportunidades de um segmento em plena expansão, as pessoas estão buscando se especializar em engenharia química em universidades como a UNICV e em outras instituições de ensino que oferecem o curso.