O Ministério Público do Estado (MPRR) acionou a Justiça de Roraima para pedir a suspensão do concurso público da Guarda Civil Municipal de Rorainópolis. A prova objetiva do certame, promovido pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Roraima (Ajuri), foi aplicada no último dia 22.
Na Ação Civil Pública, a Promotoria de Justiça de Rorainópolis narra que vários candidatos formalizaram denúncias sobre irregularidades ocorridas no dia da aplicação das provas, como:
- Fiscalização inadequada;
- Inscrições indeferidas irregularmente;
- Saída de candidatos da sala antes do tempo mínimo exigido pelo edital; e
- Substituição de cartão de resposta para determinado candidato.
“O resumo dos fatos é que a lisura do concurso certamente foi comprometida diante da multiplicidade de erros e de procedimentos ilegais promovidos pela ré, frustrando o interesse público do concurso”, pontuou o promotor André Bagatin, cujo pedido almeja decisão provisória até o julgamento do mérito, que seria a anulação da primeira fase do certame.
Para Bagatin, a solução para o caso seria “obrigar a ré a aplicar novamente a prova objetiva, preservando a impessoalidade, o cumprimento às regras do edital e a lisura do certame público”.
Nessa segunda-feira (6), a Ajuri divulgou o resultado preliminar do concurso, que oferta 20 vagas imediatas e 20 reservas. A fase de recursos, iniciada à 0h de segunda, segue até à 0h desta terça (7), pelo site da banca organizadora.
O que diz a Ajuri
Procurada, a Fundação Ajuri declarou que não foi notificada de decisão e informou que vem colaborando com a justiça e prestando os esclarecimentos necessários. “Informa ainda que se coloca a disposição para definir a melhor forma de conduzir o certame, seja a continuidade do processo ou mesmo a reaplicação da prova”, completou.