A Polícia Civil de Roraima abriu um inquérito sobre a possível fraude no concurso da Polícia Penal, realizado no ano de 2020. O procedimento preparatório foi iniciado nessa quarta-feira (02).
O inquérito se deu após um psicólogo afirmar que nunca trabalhou para o Instituto AOCP e negar ter assinado os documentos dos candidatos reprovados na avaliação psicológica do certame. Em 26 de junho, após três dias da afirmação do profissional, os candidatos subjudices denunciaram a possibilidade de fraude ao Ministério Público de Roraima (MPRR).
“Nós, subjudices da Policia Penal de Roraima, pedimos, humildemente, que o Ministério Público se manifeste sobre os fatos levantados referente a essa investigação policial. Pois, como muitos dizem que Roraima é terra sem lei, não acho difícil eles fazerem vista grossa para tamanha irregularidade”, disse um dos candidatos.
A Sejuc (Secretaria de Justiça e Cidadania) também formalizou ofício para que a banca organizadora se manifestasse. Em uma declaração do Instituto AOCP, obtida pela FolhaBV, o psicólogo-coordenador do psicotécnico reforçou que o psicólogo em questão não fez parte da equipe do concurso e que o nome “saiu por engano” nos laudos dos candidatos reprovados.
Nota do Instituto
Procurado, o Instituto AOCP informou à FolhaBV que não houve fraude por parte da banca. “A organizadora se mantém disposta a esclarecer qualquer questão para a Polícia Civil e à Justiça sobre o assunto. Lembramos que o Instituto AOCP é uma organizadora séria, sólida, com larga experiência no segmento e comprometida com todos os trabalhos que se propõe”, finaliza a nota.
Em outros estados
O psicólogo também alegou que seu nome esteve em laudos dos concursos das polícias Civil de Goiás (PCGO) e Penal do Distrito Federal, ambos publicados em 2022. Quanto a esses casos, os candidatos já estariam sendo chamados após a identificação da irregularidade e decisão na Justiça das localidades.