Possível greve do Inep ameaça aplicação da prova do CNU

A decisão será tomada hoje (14) em votação do servidores; Ministério afirmou que a aplicação do exame é de controle único da pasta e da banca, mas que vai avaliar possíveis impactos

Concurso público (Foto: Divulgação)
Concurso público (Foto: Divulgação)

Uma possível greve dos servidores do do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) pode atrasar a aplicação das provas do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) que acontecem neste domingo (18). A decisão será tomada hoje (14) em votação do servidores, após uma reunião com o Ministério da Gestão terminar sem acordo sobre reajustes salariais.

Segundo servidores ao Metrópoles, o CNU pode ser afetado com o movimento porque cerca de 30 funcionários do Inep trabalham diretamente no concurso. Uma parte está com passagens compradas para monitorar a prova em várias regiões do país, mas que, em caso de greve, essas viagens não aconteceriam.

Ao SBT News, o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) teria informado que a aplicação do exame é de controle unicamente do MGI e da Fundação Cesgranrio, mas que fica no aguardo da área técnica para avaliar os possíveis impactos.

Em Roraima, mais de 17 mil candidatos estão inscritos para fazer a prova que será aplica em Boa Vista e Rorainópolis. No Brasil, são mais de 2,1 milhões de candidatos em 228 cidades.

Outros impactos

Além do CNU, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), previstos para novembro, correm risco de atraso. O FNDE, com orçamento de R$ 100 bilhões, também pode ver o repasse de verbas para escolas em todo o país prejudicado, inclusive fundos emergenciais para o Rio Grande do Sul, que ainda se recupera das enchentes.

Mobilização

A mobilização é feita conjuntamente pelos servidores do Inep e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). No mês passado, as carreiras rejeitaram a proposta do governo Lula de reajustes de 9% em 2025 e de 3,5% em 2026.