“Erro nas notas fiscais são motivo de atraso”, afirma UFRR

Pela terceira vez, Servidores da empresa Água Viva Comércio e Serviços das áreas de recursos humanos e limpeza para a Universidade Federal de Roraima (UFRR), procuraram a FolhaWeb, para denunciar atraso no repasse dos salários.

Na manhã desta terça-feira, 29, um dos servidores que não quis se identificar, afirmou que a empresa repassou somente o vale alimentação para os terceirizados. Segundo a funcionária, este já é quarto mês que os atrasos ocorrem.

“Foi repassado para a empresa o valor de 300 reais para cada funcionário, mas só foi depositado 280, por causa dos descontos de feriados e domingos. Mas o salário mesmo eles não passam. Esse valor mal dá pra pagar as contas, os funcionários só compraram comida para a família. Nós queremos comprar material para os nossos filhos que já começam a estudar este mês  e não temos dinheiro” , disse.

A servidora afirma ainda que a empresa responsável realizou na última semana uma reunião para esclarecer o problema. Um dos pontos debatidos foi o retroativo ao ano de 2017.

“Durante a reunião com a empresa foi dito que não haverá férias, pois não houve repasse.A empresa culpa a Instituição pelos atrasos e dizem que ela não fez o repasse completo. Nós só queremos saber o que realmente está acontecendo, pois não podemos continuar trabalhando sem receber. Sem falar no retroativo que nunca foi pago”, relatou.

OUTRO LADO

Empresa Água Viva-  De acordo com empresa  Água Viva Comércio e Serviços, os processos para realização dos pagamentos estão sendo entregues corretamente. A empresa afirma que enviou documentos de reiteração à UFRR, no dia 18 de janeiro, em relação às notas atestadas dos meses de novembro e dezembro e que o pagamento realizado esta semana foi repassado pela metade.

Ainda conforme a empresa, os responsáveis estão recorrendo legalmente para repassar o valor retroativo dos funcionários,  estipulado em mais de 1 milhão de reais.

UFRR-  A equipe da Folha conversou com a pró-Reitora de Administração da UFRR, Josenilda Alcântara, para esclarecer o caso. Ela afirma que têm ocorrido atrasos no envio das notas fiscais à instituição. Nos meses de setembro e outubro, as notas foram entregues à instituição apenas no final do mês de novembro. “Nenhum órgão público tem dinheiro em caixa.A partir da liquidação das notas é que ocorre a disponibilização do financeiro pelo Governo Federal. Quando existem erros na documentação elas voltam para correções ”, afirma a pró-reitora.

Em relação aos pagamentos e retroativos, Alcântara explica que a Advocacia geral da União, responsável pelo controle jurídico de orçamentos, solicita sempre um estudo do processo.

“O valor será repassado aos funcionários, mas a comissão jurídica precisou estudar 27 volumes de processos que só foi entregue no dia 25 deste mês. Existe ainda uma limitação de servidores para esta função por isso ocorreu esta demora. Já o pagamento que foi feito este mês foi transferido de outros recursos da instituição”, disse.