Cotidiano

“Não há necessidade de privatizar”, afirma presidente da Caer

A concessão da empresa na Capital expira em breve e a empresa irá fazer tratativas junto à Prefeitura para renovar a autorização 

AYAN ARIEL

Editoria de Cidades

“O que a gente acredita é que não há necessidade de privatizar a Caer, porque a nossa empresa presta um bom serviço e atualmente nós estamos entre as três empresas de água e saneamento que cobram à tarifa mais baixa do Brasil. A gente entende que, se você privatiza um serviço público, você sobrecarrega ainda mais o consumidor”, afirmou o presidente da Companhia de Águas e Esgotos de Roraima, James Serrador, ao ser questionado sobre a possível privatização da empresa estatal.

Esse foi um dos pontos apresentados pelo chefe do órgão estadual em entrevista para a Folha durante um encontro promovido pela Caer, na manhã dessa terça-feira (3).

Ainda sobre a privatização, Serrador mencionou que com a concessão na Capital expirando em breve, a empresa irá fazer tratativas junto à Prefeitura para renovar a autorização necessária para continuar suas atividades, porém esse acordo depende bastante da atualização do marco regulatório de saneamento básico, que está sendo discutido no Congresso Nacional. “Isso passa muito pela aprovação dessa lei, que irá definir as regras para essas manutenções”, completou.

O presidente da companhia comentou que o sucateamento e a falta de materiais foram alguns dos desafios enfrentados pela atual gestão. “Tivemos que fazer essas licitações para adquirir esse material e reabastecer nosso almoxarifado. Fora isso, tem o aumento dos custos e a alta inadimplência de consumidores, que ainda persiste”, relembrou.

ÁGUA NOS ABRIGOS – A Caer está trabalhando na sistematização do sistema de água e esgoto nos abrigos para refugiados venezuelanos, por meio de instalação de hidrômetros nesses locais. “Onde houve a instalação, o pagamento está sendo devidamente feito”, disse Serrador.

O presidente ressaltou que a instalação resolveu um problema que assolava os moradores do bairro 13 de setembro, que era a sobrecarga na distribuição do bem natural para quem mora na região.

“A ligação dos abrigos com a rede daquele bairro sobrecarregou a oferta do serviço em quase 50%. A partir daí, o que fizemos? Isolamos os abrigos Rondon 1, 2 e 3, já que houve a construção do poço artesiano lá. Então toda a água fornecida a esses locais é vinda desse reservatório. Com isso, diminuímos as reclamações naquela área”, explicou.

MUTIRÃO – Aqueles consumidores que estiverem inadimplentes junto a Caer terão a oportunidade de quitar suas dívidas em um mutirão a ser promovido pela empresa junto ao Centro Jurídico de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), entre segunda-feira (9) e quinta-feira (12), no Fórum Cível Sobral Pinto.

Serrador acredita que essa ação dará a chance de a empresa conseguir regularizar cerca de R$ 9 milhões em dívidas de consumidores devedores. “Vamos dar toda a facilidade para que essas pessoas façam acordos judiciais conosco e evitar processos cíveis. Vamos dar todas as possibilidades, como entrada e parcelamento, tudo isso com a chancela do TJ”, ressaltou.

CONTATOS – Aqueles consumidores que estiverem enfrentando dificuldades com a distribuição de água e esgoto e queiram prestar alguma reclamação podem entrar em contato com a empresa através de aplicativo de mensagens no telefone (95) 98404-5313 e pelo número 0800 280 9520. A empresa ainda conta com o aplicativo CAER MOBILE, disponível para sistemas Android e IOS.

“Nós temos todos os nossos canais de comunicação a disposição da população. Então temos todas essas maneiras de contato, para que a gente possa atuar prontamente”, concluiu o presidente.