Cotidiano

“Paralisação de advertência do CSE já é certa”, diz Sintraima

À Folha, sindicalista lamentou o fato da Setrabes ter implantado nova escala de plantão sem levar em consideração as necessidades dos agentes

*MATÉRIA ATUALIZADA ÀS 12h30.

A mudança na escala de horário dos trabalhadores que prestam serviços no Centro Socioeducativo (CSE) tem gerado conturbação e insatisfação entre os servidores do órgão. Hoje, dia 19, as atividades na unidade do bairro Calungá foram parcialmente comprometidas em razão da ausência de agentes para a escala de plantão da manhã.

Revoltados, agentes do órgão convocaram os veículos de imprensa para denunciar o fato. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Poder Executivo de Roraima (Sintraima), Francisco Figueira, esteve presente e confirmou que é praticamente certa a realização de paralisação de advertência de 24 horas dos servidores.

“Quando se fala que Governo atual está com uma equipe fraca, realmente nós podemos ver por essa situação. Não se teve uma organização para que essa escala fosse realmente condizente com o trabalho a exercido pelos agentes. A escala de 12 por 60 vinha sendo praticada há mais de uma década e simplesmente a secretária [da Setrabes] achou que não era a melhor escala, e mesmo sabendo que a escala 12 por 36 é proibida para servidores que exercem atividade insalubre, ela manteve esse planejamento que está se mostrando insuficiente para assegurar a ordem nas unidades”, disse.

Somente no CSE do Calungá, segundo, Figueira, são 12 internos. A escala de plantão da manhã conta apenas com três agentes, um número considerado razoável para as atividades. Somado a esse fato, os servidores tem de conviver com as precárias condições do prédio, que inclusive já registrou fuga de adolescentes no último dia 8.

“Hoje, a agente entrou para iniciar a sua escala de plantão às 7h e simplesmente estava somente ela, porque a escala não foi comunicada oficialmente para os demais servidores. Entra ano e sai ano e as pontualidades dos agentes nunca é resolvida”, completou o sindicalista.

Sobre o problema, a FolhaWeb entrou em contato com a Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes), que informou, via nota de esclarecimento, que a a alteração da escala, ao menos nesse primeiro momento, será mantida no regime 12 x 36.

“A mesma visa justamente dar uma maior eficiência ao serviço público ofertado, aumentando o número de agentes por plantão. É uma medida necessária para que as demais melhorias possam ser viabilizadas”, completou.

Conforme a Secretaria, as equipes estão atuando normalmente com o apoio de policiais militares que integram os plantões nas duas unidades.

Sobre as condições do prédio do CSE II, do bairro Calungá, a pasta ressaltou que os danos causados durante a fuga dos adolescentes já estão sendo parcialmente reparados. 

“Quanto ao CSE I o valor total da reforma está orçado em R$ 1.323.615,38 e está sendo feita a captação de recursos para atender a obra”, completou.

A Setrabes finalizou afirmando que não houve comunicação a respeito de uma possível paralisação ou indicativo de greve por parte dos servidores que trabalham no Centro Socioeducativo I e II.

A matéria completa você confere na Folha Impressa de sábado, dia 20.

Colaborou Antônio Sousa, repórter da Rádio Folha 100.3.

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