A 123milhas anunciou nesta segunda-feira (28) o início de um “plano de reestruturação interna”. Esse movimento ocorre após problemas recentes na entrega de passagens e a interrupção de ofertas da linha promocional em 18 de agosto, levando à dispensa de parte de sua equipe.
Em comunicado, a 123milhas esclarece que as demissões visam ajustar a equipe à atual situação da empresa no cenário comercial. “Essa difícil decisão faz parte das medidas para mitigar os efeitos da forte diminuição das vendas. A empresa está trabalhando para, progressivamente, estabilizar sua condição financeira”, informa o documento.
No dia anterior, o secretário nacional do Consumidor, Wadih Damous, pontuou que se a 123milhas não elaborar um plano efetivo para compensar os consumidores afetados, poderá enfrentar uma penalização de até R$ 13 milhões. “Essa questão da multa é uma análise em que se pesam os prejuízos, a extensão desses prejuízos, a conduta da empresa. A multa pode chegar a até R$ 13 milhões. A expectativa é que a 123milhas apresente um plano que pelo menos reduza esses prejuízos aos consumidores. Não estamos com o objetivo de multar, com o objetivo de punir. Mas, se houver essa necessidade, nós vamos cumprir com o nosso dever”, destacou.
No cenário político, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Criptomoedas convocou, para a próxima terça-feira (29), Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, líderes da 123milhas, para prestar esclarecimentos sobre os problemas enfrentados pelos consumidores.
O Procon-SP, por sua vez, iniciou uma investigação contra a 123milhas na quinta-feira (24) depois que seus questionamentos à empresa sobre a suspensão das ofertas não foram atendidos satisfatoriamente. No mesmo dia, o Ministério Público de São Paulo também instaurou um inquérito para avaliar a situação. Em documento acessado pela CNN, foi indicado que a 123milhas possivelmente dificultou o processo de reembolso em casos de cancelamentos de viagens internacionais.
