Segue tramitando na Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas o processo que julga o furto de grãos da safra de 2019 que estavam armazenados no Complexo Agroindustrial de Silos Graneleiros, que era administrado pela Cooperativa de Produção Agropecuária do Extremo-Norte, conhecida como Grão-Norte.
A Polícia Civil pediu no inquérito que foi finalizado em outubro de 2020, que 21 pessoas, entre empresários do agronegócio, fossem indiciadas. Outras sete pessoas deixaram de ser indiciadas no caso. O processo estava em sigilo, mas foi tornado público em 29 de janeiro deste ano.
No mês de novembro do ano passado, o Ministério Público manifestou-se pelo declínio de competência para a Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas em razão de existirem indícios de crimes praticados por organização criminosa. Até então, o processo tramitava na 3ª Vara Criminal.
Os envolvidos respondem pelos crimes de estelionato majorado, apropriação indébita, formação de quadrilha e falsidade ideológica.
OPERAÇÃO ÊXODO 23:16 – No dia 19 de setembro de 2020, a Polícia Civil realizou a Operação “Êxodo 23:16”, como desdobramento das investigações referentes ao escândalo milionário do desvio de grãos do Complexo Agroindustrial de Silos Graneleiros, que era administrado pela Cooperativa de Produção Agropecuária do Extremo-Norte, conhecida como Grão-Norte.
A primeira fase da operação, consistiu no cumprimento de dois mandados de prisão preventiva em desfavor de um ex-funcionário e um diretor da Grão Norte, e cinco mandados de busca e apreensão, sendo dois em Boa Vista, dois na Zona Rural e um na cidade de São Paulo.
Os desvios envolveram grãos de soja, milho, sorgo e milheto oriundos da Safra/2019 e que foram depositados por dezenas de grandes, médios e pequenos produtores, uma cooperativa e uma associação que representam pequenos agricultores. O prejuízo total do rombo passa a casa dos R$ 15 milhões de reais.