Cerca de 300 detentos do regime semiaberto, que possuem o direito a trabalhar fora das unidades prisionais durante o dia, estariam cumprindo pena na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) em regime fechado.
De acordo um servidor do Sistema Prisional, que preferiu não se identificar, isso acontece pela demora na análise das propostas de emprego, que não estaria sendo feita devido ao baixo efetivo de policiais penais no Centro de Progressão de Pena (CPP). A unidade estaria contando atualmente com apenas dois agentes por plantão.
“São 300 presos que poderiam ir para o CPP e estão na Pamc, que atualmente funciona com apenas um bloco, onde estão mais de dois mil presos. Falta efetivo e boa vontade para que as coisas aconteçam”, disse o servidor.
Segundo a esposa de um detento, o marido corre o risco de perder a proposta de emprego feita por uma empresa por conta da demora. “Já são 31 dias esperando por essa visita na empresa. É um direito do reeducando que está sendo negado. Toda vez que procuramos a Sejuc, eles dão uma desculpa diferente”, afirmou a mulher que prefere não se identificar.
OUTRO LADO – A reportagem entrou em contato com o Governo do Estado que se manifestou por meio de nota. Confira a nota na íntegra:
A Secretaria de Justiça e Cidadania informa que as solicitações e pedidos de empregos estão sendo verificados em ordem cronológica a fim de atender toda a demanda no mais curto prazo possível.
Informa ainda que o acúmulo de propostas de emprego para detentos do regime semiaberto, do Centro de Progressão Penal, ocorreu por conta da pandemia do coronavírus e não por falta de agentes.
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