Cotidiano

41 países e territórios já têm casos autóctones da infecção

O relatório também destaca que houve transmissão local do vírus mesmo sem a presença do Aedes aegypti

Desde o início de 2015, 41 países e territórios já registraram transmissão local do vírus da zika, segundo um novo boletim divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ontem (4).

O mais recente país em que a circulação local do vírus foi detectada foi Laos, no sudeste asiático. Só nas Américas, 31 países e territórios já têm casos autóctones da infecção.

O relatório também destaca que, em três países, houve transmissão local do vírus mesmo sem a presença do mosquito Aedes aegypti, o que sugere a ocorrência de transmissão sexual: Estados Unidos, França e Itália.

Até agora, o aumento de casos de microcefalia só foi registrado no Brasil, onde foram feitas 5.909 notificações entre 22 de outubro de 2015 e 27 de fevereiro de 2016.

Casos da malformação potencialmente ligados ao vírus, porém, foram identificados também na Colômbia e na Venezuela.

O relatório acrescentou que foi observada uma possível relação entre a síndrome de Guillain-Barré e o vírus da zika em oito países ou territórios entre 2015 e 2016: Brasil, Suriname, Venezuela, El Salvador, Colombia, Martinica, Porto Rico e Panamá.

Morte de feto na Venezuela pode ter relação com zika

Ontem foi anunciado que um feto cuja mãe provavelmente foi infectada pelo vírus da zika na Venezuela teve microcefalia e acabou morrendo. Trata-se do primeiro caso na Venezuela ligando a infecção a danos cerebrais em bebês.

A mulher não identificada de 24 anos do Estado de Monagas teve uma irritação cutânea e um mal-estar geral na 13ª semana de gestação em janeiro, de acordo com um relatório de médicos da Universidade Central da Venezuela (UCV).

Ela testou negativo para citomegalovirus, rubéola, dengue e chikungunya. A Venezuela informou no mês passado que os casos suspeitos de Zika tinham subido para 5.221.

Primeiros casos na Colômbia

Também ontem, foram divulgados os primeiros casos de malformação associados ao vírus da zika na Colômbia.

Segundo a “Nature”, pesquisadores colombianos identificaram um bebê com microcefalia e dois outros com anomalias cerebrais congênitas. A informação é do pesquisador Alfonso Rodriguez-Morales, que lidera a Rede Colombiana Colaborativa sobre Zika (Recolzika). Testes constataram que todos os três bebês tiveram contato com o v´rius da zika.

O vírus da zika chegou à Colômbia em setembro e, desde então, tem se espalhado rapidamente pelo país, que é o segundo maior em número de infecções pelo vírus depois do Brasil.

Um boletim divulgado em fevereiro reportou 42.706 notificações de zika, sendo 7.653 em mulheres grávidas.

Com informações de O Globo.