Os fiscais do Posto de Vigilância Agropecuária da Aderr, na fronteira do Brasil com a Venezuela, apreenderam nesta sexta-feira (11), 72 quilos de queijo proveniente do país vizinho.
Depois da abordagem feita em um táxi intermunicipal, os fiscais encontraram o produto dentro de sacos enrolados em uma toalha de banho. A passageira venezuelana levava seis barras de queijo in natura, cada uma pesando 12 quilos.
Ela informou aos fiscais que o produto era para consumo próprio, e o laticínio seria o alimento para fazer lanches e para o café da manhã. Ela ainda acrescentou que é um costume deles comer o queijo produzido na Venezuela. Mas no final da abordagem falou que era para vender no comércio.
Zona de Proteção
Ao trafegar pela BR-174 pelas imediações de Pacaraima pode se ver, no prédio onde fica a balança da SEFAZ, fiscais da Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima (ADERR), homens do Exército e da Polícia Militar trabalhando na apreensão de produtos de origem animal. A fiscalização é feita com o objetivo de evitar a entrada da febre aftosa no país, garantindo a segurança sanitária dos rebanhos brasileiros.
A Zona de Proteção Sanitária instalada na fronteira internacional com a Venezuela foi criada pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima (ADERR), com o apoio do Ministério da Agricultura (MAPA). Ela é um espaço geográfico entre os dois países que corresponde a cerca de 800km2, envolvendo em torno de 12 comunidades indígenas.
O trabalho que é feito 24 hs, de domingo a domingo, e consiste em um ponto fixo e por unidade volante de fiscalização. Na barreira onde ficam os fiscais são inspecionados veículos e bagagens para impedir a passagem de produto e subprodutos animais, como por exemplo: carnes, queijos e leites crus. Também é feito o controle do trânsito animal.
“É um trabalho importante para controle sanitário, pois favorece a economia do Estado e fortalece a segurança alimentar da população, ” ressaltou o governador Antônio Denarium.
Segundo o presidente da ADERR, Kelton Lopes, a Zona de Proteção Sanitária foi uma exigência da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE), para evitar que animais ou produtos com risco de febre aftosa possam entrar no país, já que a Venezuela tem a suspeita de conter o vírus da referida doença.
Criada em julho de 2017 por portaria da ADERR e ato do MAPA, a Zona de Proteção, durante esse período de funcionamento, já impediu a entrada de vários produtos tidos como perigosos para a saúde. Tudo que é apreendido é incinerado no próprio local.
“É um trabalho importante para controle sanitário, pois favorece a economia do estado e fortalece a segurança alimentar da população, ”