
A maioria da população brasileira acredita que as condições climáticas devem se agravar no país até a próxima década. Um percentual de 85% acredita em um futuro difícil para o meio ambiente e com severos danos para a sociedade, que vão de ondas de calor até inverno intenso.
Os dados são da pesquisa “Olhar Global sobre as Mudanças Climáticas” de iniciativa da Ipsos (Especialista em Pesquisa de Mercado e Opinião Pública) para a Conferência das Nações Unidas Sobre a Mudança do Clima (COP28). O levantamento aponta que 85% das pessoas entrevistadas acreditam que os impactos das mudanças climáticas no Brasil serão ainda piores até 2033.
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Junto do Brasil, outros países também têm uma perspectiva pessimista para o futuro. São eles: Coreia do Sul (88%), Turquia (87%), Chile (86%) e México (85%). A média global é de 71%. Um dado curioso é que a Suécia é o país com os habitantes mais otimistas, porém, ainda assim o percentual negativo ainda é alto. Um total de 51% da população também acredita em um agravamento das condições climáticas.
Outro destaque é que os brasileiros acreditam que já vivem efeitos severos das mudanças climáticas no país, como ondas de calor, tempestades, seca nos rios e invernos rigorosos. Um total de 79% dos entrevistados acredita que o clima já afeta severamente o país. A média global é de 57%.
O entendimento é que muitas pessoas (61%) inclusive terão que deixar suas casas até 2050 por conta das mudanças climáticas. Esse índice perde apenas para a opinião dos habitantes da Turquia (68%) e da Índia (57%). Suécia aparece novamente como o país mais otimista com 21% e a média global é de 38%.
População se divide sobre ações de prevenção ao meio-ambiente
Com relação às ações feitas pelos governantes para prevenção do meio-ambiente, há uma clara divisão de opiniões: uma parte da população (47%) acha que há trabalho na área enquanto outra parte (46%) diz que as ações não têm efeito suficiente.
Já com relação às empresas, 42% dos brasileiros acreditam que muitas corporações fazem propaganda de prevenção, mas não se comprometem realmente em mudar e poluir menos. Um total de 18% já acredita que há realmente ações concretas.
Nos demais países, Japão (19%) é o país que menos acredita em ações positivas do governo. Já quem mais acredita é a China (79%). A média global é de 36%. Relacionado às empresas, os britânicos acreditam menos nas corporações (48%) e os japoneses acreditam mais (19%). A média mundial é de 37%. O estudo foi realizado com 24.220 mil entrevistados em 31 países. No Brasil foram 1 mil, no período entre 22 de setembro e 06 de outubro deste ano, com uma margem de erro de 3,5 pontos percentuais.