Desde a semana passada o abastecimento de água no município de Pacaraima está sendo reforçado com utilização de caminhões-pipa.
Conforme o diretor-presidente da Companhia, James Serrador, a estiagem na região está afetando o fornecimento de água no município.
“Não houve interrupção de abastecimento, mas há escassez de água bruta para ser produzida, em função da forte estiagem. Por isso, a Caer enviou caminhões-pipa desde a semana passa que estão buscando água bruta do rio Surumu para levar até a Estação de Tratamento, de modo a aumentar a quantidade de água produzida para a população. Com isso, houve um aumento diário de 200 mil litros de água”, explicou
Ele acrescentou que a Caerr também está utilizando caminhão pipa de 10 mil litros para distribuir água nos bairros mais distantes, de modo a atender à população.
“Não há bairros específicos com problemas, o que ocorre é que nas ruas mais elevadas o sistema de abastecimento não está com pressão suficiente para levar água até as residências, e com isso o fornecimento fica comprometido.
Atualmente, os sete poços artesianos estão com níveis de água muito baixos e não estão funcionando na sua capacidade normal”, esclareceu.
De acordo com James Serrador, outro fator que compromete o abastecimento é o nível da barragem que abastece Pacaraima, que está no seu nível mínimo e só permite a produção de água durante o dia, pois à noite as bombas são desligadas para garantir a recomposição do volume de água.
Aliado a estes fatores estruturantes, houve o aumento da demanda em cerca de 50%, provocado pela chegada dos venezuelanos e a implantação dos abrigos da Operação Acolhida.
“Para tentar solucionar o problema, a Caerr e o Exército brasileiro firmaram parceria para abertura de mais quatro poços artesianos na cidade. A expectativa é de que na segunda-feira, 11, o primeiro poço já comece a ser perfurado”, ressaltou o presidente.
Outra solução, segundo James Serrador, seria a ampliação da barragem que abastece a cidade de Pacaraima, obra que já foi objeto de convênio da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e Governo do Estado, em 2011, mas não chegou a ser iniciada. A justificativa é de que o valor inicial não seria suficiente para a conclusão. Em junho de 2018, o convênio foi encerrado, sem que a obra fosse realizada.