Com a reabertura da fronteira entre o Brasil e Venezuela no mês de junho, é perceptível a grande quantidade de imigrantes que voltou a entrar no país. Em Pacaraima, grandes filas se formam em busca de vagas na Casa de Passagem BV8, coordenada pela Operação Acolhida.
De acordo com informações repassadas pela Operação, o alojamento BV8 tem capacidade para acolher cerca de 2.000 pessoas. No dia 10 de agosto de 2021, 1.943 pessoas pernoitaram naquele local.
“Importa esclarecer que o alojamento BV8 é uma casa de passagem e os venezuelanos permanecem lá pelo tempo mínimo necessário para obterem a documentação e, também, aguardarem o término da quarentena (15 dias) necessária após a imunização com as vacinas do calendário nacional. Decorrido esse prazo, os migrantes e refugiados podem ser imunizados contra a COVID-19 e serem deslocados para abrigos situados na cidade Boa Vista, disponibilizando, assim, vagas em BV8”, informou a Acolhida.
Em Boa Vista, a situação tem sido semelhante. Os abrigos da Capital já alcançam quase 90% de sua capacidade máxima. “A capacidade total dos abrigos e alojamentos da Operação Acolhida é de cerca de 12 mil pessoas. Atualmente, há quase 7 mil pessoas abrigadas e pouco mais de 3 mil alojadas nas cidades de Pacaraima e Boa Vista (RR) e Manaus (AM). Em termos percentuais a capacidade utilizada nos abrigos é pouco superior a 88% e de alojamentos é de cerca de 76%.
Visando ampliar o número de vagas, a Acolhida anunciou a inauguração de um novo abrigo, o Rondon 5, que terá a capacidade de acolhimento para cerca de mil pessoas. De acordo com a Acolhida, o abrigo deve ser inaugurado em meados de setembro deste ano.
Sobre a atuação diante do aumento no fluxo de imigrantes a Acolhida informou que em Pacaraima, os venezuelanos que ingressam no País, mesmo ilegalmente, necessitam regularizar a sua situação migratória. “Para tanto, a Operação Acolhida dispõe de um Posto de Recepção e Identificação (PRI), um Posto de Interiorização e Triagem (PI Trig) e o Núcleo de Saúde da Acolhida (NSA) naquela localidade, onde se realiza a testagem COVID, a imunização e a identificação das pessoas”, informou.
“Nessas estruturas trabalham, de forma integrada e sinérgica, representantes de agências da ONU; Ministério da Justiça e Segurança Pública (Polícia Federal); Ministério da Cidadania; integrantes das Forças Armadas e outros, voltados para oferecer aos migrantes e refugiados o acolhimento humanitário, tudo conforme os princípios da legalidade e da legitimidade”, acrescentou a Acolhida.
A Operação informou ainda que logo após a publicação da Portaria nº 655, de 23 de junho deste ano, foi iniciado os trabalhos de regularização migratória para 80 pessoas, diariamente, em Pacaraima.
“Atualmente, cerca de 300 imigrantes ingressam por dia nos fluxos para a obtenção da documentação no Posto de Recepção e Identificação (PRI) e no Posto de Interiorização e Triagem (PI Trig)”, completou.