Os acadêmicos da Universidade Estadual de Roraima (UERR) vão poder estagiar e aprender mais sobre a produção de cítricos no estado, após convênio firmado com a empresa Henz Produção de Mudas e Serviços, situada na BR 174, a 10 quilômetros da sede do município de Rorainópolis, região Sul do estado.
Por meio do estágio obrigatório para a conclusão dos cursos de graduação, os alunos vão poder aprofundar conhecimentos e desenvolver habilidades significativas para a formação profissional.
A informação é que a UERR mantém três turmas do curso de Agronomia e três de Engenharia Florestal em Rorainópolis, mas acadêmicos de outros seis cursos devem ser beneficiados pelo convênio, que tem validade de cinco anos.
Conforme o reitor, Regys Freitas, pelo menos 100 alunos que moram naquela região devem ser beneficiados diretamente em atividades variadas da empresa, desde a área administrativa, passando pelas práticas cotidianas em viveiro e campo. “Esses acadêmicos terão a oportunidade de colocar os conhecimentos adquiridos em sala de aula em prática. É a integração da vida acadêmica ao mercado de trabalho. Um conceito que difundimos no cotidiano da UERR”, ressaltou.
Pelo acordo, o acadêmico terá seguro após firmar o termo de compromisso de estágio. Também contará com um orientador e um supervisor da Universidade estadual. Todos juntos vão assinar o termo de compromisso, fazer o planejamento e participar das avaliações e elaboração de relatório. “Vamos viabilizar toda a estrutura técnica necessária para oportunizar a esses alunos a alcançarem o sucesso profissional”, frisou.
O representante da empresa, Charles Vasconcelos de Oliveira Henz, explicou que enxerga nos estudantes “futuros consultores” do mercado do agronegócio, e que aposta no trabalho integrado com instituições de ensino superior. “Vamos motivar nossos jovens para que enxerguem que têm uma grande oportunidade em Roraima. Começar a estudar mais esse processo, começar a entender mais a fruticultura. Vai vir uma demanda grande e quem for acompanhar, consequentemente, vai ser um dos nossos profissionais. Serão nossos grandes empresários de Roraima”, salientou.
Ele falou ainda sobre a cultura do processo sucessório familiar e da necessidade de incentivar o jovem que está na academia para despertar o interesse no campo. “Para que continuem com o negócio da família e continuem sendo uma matriz de economia, de renda, de autonomia e mudança de vida dele, para a partir daí ter o próprio negócio. Há uma grande oportunidade em nosso estado. Temos que aproveitar o momento, mas é preciso capacitação. Precisamos preparar nossas pessoas, principalmente na nossa universidade, para colocar no mercado”, ponderou.
Acadêmicos comemoram parceria para atividades práticas em viveiro
Estefany Carvalho Portela é acadêmica do 9º semestre do curso de Agronomia da UERR, em Rorainópolis, município onde nasceu. Até o ano passado, participou de atividades no viveiro, como voluntária, fazendo limpeza de plantas daninhas, enxertos, pelagem e irrigação. “Escolhi a Agronomia porque minha família é de agricultores e também era a oportunidade que eu tinha no momento. Na universidade não temos muitas aulas de campo e lá no viveiro eu aprendi na prática o que estudava em sala de aula”, disse.
Ela afirmou ter aprendido na universidade todo o processo de produção, desde a semente até a colheita, passando pelo aprendizado sobre a melhor forma de manejar determinadas culturas. “Só sabia o básico. Isso tem contribuído bastante para minha família que já trabalha nesse setor porque assim posso ensinar para eles a forma correta. É uma ótima oportunidade, pois aqui é uma cidade pequena, e a maioria dos acadêmicos vão para a capital ou outros municípios para poder estagiar”, pontuou.
Fabiana da Costa Silveira, aluna do 7º semestre, também aguardava ansiosa o convênio. “Como acadêmica e como profissional. Lá (viveiro) tem muito a oferecer em termos de conhecimento, a questão do manuseio das mudas, a poda, a produção, tipos de substratos que são muito importantes, como produzir, fazer o plantio, o manejo empregado no viveiro em si é muito importante”, avaliou.
Para ela, esse é um convênio que tem muito a oferecer aos acadêmicos, principalmente de Agronomia. “É uma gama de conhecimentos que passando o tempo adequado será extraordinário”, concluiu.