Alunos do curso de Agronomia da Universidade Federal de Roraima (UFRR), campus Monte Cristo, receberam capacitação sobre a máquina calcareadeira de alta tecnologia. As orientações ocorreram em parceria com a prefeitura de Boa Vista.
O maquinário possui um computador de bordo que realiza toda a leitura do terreno com precisão, mapeando locais em que precisa aplicar mais ou menos calcário no solo.
“Eventualmente, damos apoio a essas entidades de ensino devido ao pouco maquinário e recursos que elas possuem. Contribuímos desta maneira para geração de resultados na área acadêmica para o meio agrário”, disse o secretário municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (SMAAI), Guilherme Adjuto.
De acordo com o professor de agronomia e coordenador do Grupo de Estudos Técnicos em Experimentação Agrícola (GTA), Alessandro Fortunato, o curso possui uma área piloto de pesquisa, para capacitar os acadêmicos com experimentos a campo e culturas importantes do estado, que é o milho e a soja.
“Uma empresa de defensivos agrícolas aqui do estado nos fez uma proposta de montar um trabalho esse ano com defensivos biológicos e químicos na cultura da soja. Porém, tínhamos um grande entrave que era as operações mecanizadas e graças ao apoio da prefeitura com a SMAAI, que nos cedeu o maquinário e de uma empresa privada do setor que doou todos os insumos, além de financiar toda manutenção do maquinário, esse projeto que era um sonho agora está se tornando realidade”, afirmou o professor.
Ainda segundo o professor, Roraima hoje é considerado a última fronteira agrícola do país e o mercado de trabalho nessa área tem crescido bastante no Estado. No entanto, ele ressalta que para trabalhar no campo é preciso ter qualificação.
“O aluno tem que entender os procedimentos de como ele vai corrigir um operador de máquina para fazer o trabalho de forma correta. E por isso, os alunos trabalham desde o planejamento do experimento, a condução até o direcionamento de custo para fazer a lavoura. Assim, eles poderão trabalhar do pequeno, médio ou grande produtor levando informações, conhecimento e ainda poderão gerar lucros”, destacou.
O estudante de agronomia, Wismith Silva de Andrade, 22 anos, participou da capacitação e afirma ser um passo fundamental esse contato com as máquinas que oferecem um maior nível tecnológico.
“Hoje o campo está muito tecnificado e os maquinários que utilizamos aqui na universidade já não representam a realidade do campo como um todo. Essa é uma oportunidade muito boa de conhecermos o nível dessa calcareadeira, um maquinário desse porte que oferece tecnologia que é nova para nós alunos. E isso contribui muito para a nossa formação como agrônomos”.