Um grupo de classificados no concurso da Polícia Militar de Roraima (PMRR), realizado em 2018, montou um acampamento em frente ao Palácio Senador Hélio Campos, no Centro Cívico de Boa Vista, para reivindicar do governo a convocação para o cadastro de reserva.
De acordo com um dos classificados no certame, Rafael da Silva dos Santos, nesta segunda-feira, 20, o grupo completa sete dias acampado no local. Ele afirmou que o movimento é pacífico e visa somente obter uma resposta efetiva o Executivo Estadual.
“Nós fizemos o concurso em 2018 e viemos aqui pedir a sensibilidade do governador [Antonio Denarium (PP)], para que essa turma de 470 classificados seja convocada para o cadastro de reserva”, disse.
Ele relatou que o grupo está apto em todas as fases do concurso. “Conforme as informações que recebemos, ainda existem 1,5 mil vagas disponíveis dentro do quadro da PM, ou seja, ele [Denarium] chamando esses 470, ainda restam vagas. O efetivo precisa de mais pessoal e nós estamos aptos”, declarou.
Santos acrescentou que a ideia do movimento é mostrar a força do grupo e pedir apoio da gestão estadual e dos 24 deputados estaduais.
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“São quase 500 famílias que esperam por isso. Nós queremos sensibilizar os Poderes Executivo e Legislativo, para que nos ajudem a encerrar esta luta de uma forma positiva para todos, pois já são 3 longos anos. Precisamos de respostas”, completou.
Outro lado
Em nota, o Governo de Roraima informou que não existem mais aprovados no curso da PM que não tenham sido convocados. “Todos os 400 candidatos aprovados dentro do número de vagas foram chamados para o curso de formação. O concurso não prevê cadastro de reserva e os denunciantes são apenas classificados”, citou.
Mesmo assim, em relação à 2ª turma, embora tenham sido classificados, mas não aprovados dentro do número de vagas, o governo informou que deve convocar mais 240 novos policiais, ao invés de fazer um novo concurso público para a instituição.
Com a convocação dos novos policiais militares, o efetivo da PM passará de mais de 2.265. Ou seja, um para cada 287 habitantes, sendo que a média nacional é de 1 policial para cada 473 habitantes.
“Sobre o restante dos policiais é necessário um estudo técnico pormenorizado, além do esforço político de conseguir junto ao Legislativo estadual a aprovação para as mudanças necessárias no orçamento para que o governo disponha de recursos financeiros para a convocação”, concluiu.
