Cotidiano

Ação entre amigos distribui ovos de Páscoa em bairros da capital

Além do Aterro Sanitário e de bairros da zona Oeste, o grupo ainda distribuiu ovos de Páscoa em abrigos de imigrantes venezuelanos

Um grupo de amigos promoveu durante a Semana Santa uma ação solidária em alguns bairros da capital. Durante dois dias distribuíram ovos de Páscoa para crianças que, em alguns casos, nunca tinham recebido o produto na vida.  O grupo, formado por 30 pessoas das mais variadas áreas, aderiu à ideia da advogada especialista em Vara Familiar, Denise Cavalcanti Calil, que já realiza a ação há 10 anos. No total foram arrecadados 300 ovos de chocolate, comprados no mercado local pelos apoiadores. “A ideia é ajudar uma parte da sociedade que é esquecida, como é o caso das crianças, sabemos da necessidade de algumas famílias e queríamos fazer a diferença na vida dessas crianças, pelo menos por um dia”, contou a advogada.

Para a dona de casa e moradora do bairro São Bento, Antônia Sônia, de 24 anos, nenhum dos seus  cinco filhos jamais tinha ganhado ovos de Páscoa. Segundo ela, a família depende somente da renda do marido, o que impede de comprar qualquer outro produto que não seja o necessário. Para ela, o melhor é saber que ainda existem pessoas que pensam no próximo. “Eu fico muito feliz, porque não é toda criança que tem a oportunidade de ganhar um presente. A vida não está fácil para ninguém e não é todo mundo que dispõe do seu tempo para fazer algo pelas pessoas”, disse.

Além do Aterro Sanitário e de bairros da zona Oeste, o grupo ainda distribuiu ovos de Páscoa em um dos vários abrigos cedidos na capital para imigrantes venezuelanos. Alguns deles, segundo a advogada Denise Calil, funcionam de forma improvisada, com vários problemas estruturais. “Por sorte, muitos deles são gerenciados por Organizações Não Governamentais, o que ajuda bastante na acomodação dessas pessoas”, completou.

O acadêmico de Direito Edson Henrique, 27 anos, um dos voluntários da ação,  disse se sentir feliz por fazer a diferença na sociedade. “É uma ação que acabou sendo impulsionada por dois motivos: a primeira pela simbologia da data, e a segunda pelo momento delicado que vivemos, em que poucos ajudam de verdade.

Às vezes, só a fala não basta, é preciso agir, e somente pela ação é que somos capazes de encorajar outros a fazerem o mesmo”, disse o jovem afirmando ainda que a intenção do grupo é fazer da ação algo permanente. (M.L)