A fiscalização da venda de carne bovina em Alto Alegre tem causado indignação entre açogueiros da região. Isso porque a determinação é que nas fiscalizações, que iniciam neste sábado (28), seja apresentada nota fiscal, forma de transporte e armazenamento. Ou seja, os estabelecimentos não poderão mais vender carne abatida no município.
“Nós açougueiros não poderemos mais matar gado para vender no nosso estabelecimento, como é de praxe. Carne fresca e de qualidade, diga-se de passagem. Teremos que comprar fora e trazer com um preço bem mais caro do que já está”, reclamou uma comerciante pelas redes sociais.
O prefeito de Alto Alegre, Pedro Henrique Machado, explicou que a determinação partiu do Ministério Público, após o descumprimento de termos firmados com a prefeitura em gestões anteriores.
Ele explicou que os dois gestores anteriores a ele assinaram Termos de Ajustamento de Conduta e não cumpriram. “Agora o Ministério Público não aceita outra alternativa que não seja a fiscalização, para que o gado seja abatido da forma correta. Não é minha intenção prejudicar os açougueiros do meu município, mas são ordens judiciais que devem ser cumpridas”, disse.
Em ofício enviado ao município, o Ministério Público determinou que a prefeitura realize a fiscalização em caráter de urgência, sob pena de responsabilização administrativa, civil e criminal. “Conforme diligências deste órgão, os animais estão sendo abatidos nas vicinais sem qualquer controle”, justificou o MP.
Os proprietários que descumprirem a orientação poderão ser multados, ter produto apreendido e ter atividades suspensas ou até mesmo ter o estabelecimento interditado.