Cotidiano

Acusado de matar ex-mulher será julgado novamente hoje

Réu foi condenado pelo júri em 2017, mas julgamento foi anulado

Hoje, 21, a partir das 8h, acontece um novo júri popular do assassinato da funcionária pública federal Ivanda Alves de Souza. Jaime Alves Figueira, ex-marido da vítima, será julgado pela segunda vez no Fórum Criminal de Boa Vista, localizado no bairro Caranã.

O primeiro júri popular ocorreu em maio de 2017 e Jaime Alves Figueira foi condenado a 16 anos e 4 meses de prisão em regime fechado. O advogado do acusado havia apresentado um atestado médico e a defesa foi feita por defensores públicos. Com base no direito de ser representado por um advogado de sua escolha, Figueira pediu a anulação do julgamento.

O caso foi amplamente repercutido em Roraima, tanto pela vida profissional da vítima, que trabalhava na Superintendência da Administração Federal (Sanf), quanto pela barbaridade do crime.

Em 2014, Ivanda Alves de Souza foi encontrada pela filha, Érika Bessa, em sua residência com sinais de violência sexual e graves contusões na cabeça e tórax. Ela foi internada no Hospital Geral de Roraima, pois estava em coma. Após 18 dias da internação, a vítima acordou, conversou com os familiares e morreu dois dias depois.

Ivanda e Jaime foram casados por 25 anos e quando o crime ocorreu estavam separados havia um ano. Apesar do corte do vínculo matrimonial, os dois moravam juntos. O ex-marido não quis sair da casa alegando que o patrimônio também pertencia a ele.

COBRANÇA POR JUSTIÇA – Cinco anos depois do crime, o acusado ainda não chegou a ser preso e responde ao processo em liberdade. A família clama por justiça e espera que o novo júri popular seja suficiente para concluir o caso.

“Esperamos e temos muita ânsia por justiça. Que o julgamento não seja adiado nem anulado e que este homem seja condenado e finalmente pague pelo crime dele”, disse a filha Érika Bessa. “Sentimos uma tristeza pela forma como ela foi morta, de maneira bárbara e covarde, e o assassino continua solto. É muito lamentável isso. O que queremos é que ele pague pelo que fez”, acrescentou. (F.A.)