Um novo foco da mosca da carambola foi detectado na última terça-feira, 30, no município de Alto Alegre, quando apareceu em uma das armadilhas um exemplar, um inseto macho. Equipes da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima) e do Mapa (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) intensificam ações de contenção com barreira fitossanitária.
Conforme explicou o diretor de Defesa Vegetal da Aderr, Luiz Cláudio Estrella, o inseto foi devidamente identificado por técnicos do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e da Aderr, capacitados para reconhecer a praga.
“Após a identificação, nós da Aderr e os técnicos do Mapa tomamos a primeira atitude que foi o plano de contingência, no caso de ocorrer o inseto da mosca da carambola. O município de Alto Alegre nunca tinha tido incidência desse tipo. Tivemos casos nos municípios de Amajari, em Pacaraima e Uiramutã, porém, a localização de Alto Alegre nos preocupou bastante, porque está a oeste de Boa Vista. Mas as primeiras medidas já foram tomadas”, explicou.
Estrella explicou que uma das primeiras medidas foi estabelecer um perímetro dentro da sede do município, retirar todos os frutos da carambola e de outras frutas hospedeiras, coletar e colocar em sacos plásticos e vedar. Caso existam exemplares de larvas nesses frutos eles vão perecer se guardados em sacos plásticos ou enterrados. “Dessa maneira corta-se o ciclo da praga se houver contaminação em outros frutos”, explicou.
De acordo com ele, houve aumento da quantidade de armadilhas no local para prevenir e tornar mais eficiente a coleta de insetos dessa espécie. “Fomos às localidades de Sucuba eTaiano, às comunidades de Boqueirão até a balsa da Aparecida, e à beira do rio Mucajaí, próximo de Boa Vista. A nossa preocupação é atender toda a parte técnica com relação à praga. A parte humana temos a implementação de uma barreira para não sair frutos contaminados daquele local, das espécies que são hospedeiras, para Boa Vista, que é uma área livre da mosca da carambola”, frisou.
Estrella ressaltou também que outra medida foi acionar a equipe de educação sanitária para mostrar à população o risco que se corre com a presença da praga. Os lançamentos de blocos e as pulverizações são muito eficientes. “É utilizado um inseticida dito como orgânico, pois a grande preocupação também é não contaminar a população e os animais domésticos. É um trabalho integrado”.
“Com a ampliação das armadilhas, podemos ter certeza se esse inseto foi um caso esporádico, oriundo da vinda desse inseto de outra localidade onde existe a praga, ou se realmente vai ser um foco preocupante. Isso só saberemos a partir da próxima terça-feira, 6, quando fizermos a reunião com o pessoal do Mapa, quando será traçada uma estratégia. Já teremos resultados das armadilhas novas colocadas em toda a extensão do foco. As equipes da Aderr e do Mapa estão em campo e vamos aguardar o resultado desse trabalho”, afirmou Luiz Estrella.