Cotidiano

Aderr realiza sorologia em Pacaraima

O rebanho do município de Pacaraima foi selecionado para a sorologia por se tratar de uma área de fronteira internacional

A Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima) vai realizar nos períodos de 7 a 11 e de 21 a 25 de janeiro, em Pacaraima, a coleta do LEF (Líquido Esofágico Faringe) em 18 bovinos com o objetivo de verificar a circulação viral para febre aftosa. O rebanho de Roraima é livre com vacinação dessa doença contagiosa, e o Estado é reconhecido pela OIE (Organização Internacional de Saúde Animal) como área livre.

Segundo o diretor de Defesa Animal da Agência, Vicente Barreto, a coleta do LEF é feita na faringe do animal e é mais precisa na detecção do vírus. Ele explicou que foram coletados sangue de 608 animais em 18 propriedades que ficam na Zona de Proteção de Pacaraima.

O material coletado foi enviado para o Lanagro (Laboratório Nacional de Agricultura), no Rio Grande do Sul para a verificação da presença do vírus. “Dessa análise, 18 animais tiveram resultado inconclusivo, por isso que será feito o exame de LEF para confirmar ou não a presença de vírus circulante no rebanho”, pontuou.

POR QUE PACARAIMA? – No município de Pacaraima existe uma Zona de Proteção, por se tratar de uma faixa de fronteira internacional. Na região, existe uma área de vigilância, onde a Aderr e o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) mantêm um posto fixo 24 horas, na saída da cidade. O objetivo é controlar a movimentação de produtos de origem animal sem procedência e que possam trazer o vírus da febre aftosa, pois a doença ainda existe em território venezuelano.

“Roraima hoje tem o status de área livre de febre aftosa, com reconhecimento internacional pela OIE. Para a manutenção dessa importante conquista, precisamos executar ações, visando à continuidade desse status. A sorologia que fazemos é para detectar a circulação viral nas áreas de fronteira”, destacou o presidente interino da Aderr, Gelb Platão.

Ele também ressaltou que além da manutenção da defesa na Zona de Proteção, onde todos os animais são identificados de forma individual com trabalho de vigilância intensa, a Aderr também mantém rígidos critérios para entrada e saída de produtos e subprodutos de origem animal.