Cotidiano

Administração pública impactou crescimento do PIB de Roraima

Uma das revelações da atividade agropecuária que contribuiu para melhorar o PIB foi a silvicultura, com a produção da castanha da Amazônia, além da soja, que representa 38%

Roraima foi o segundo Estado com maior crescimento no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, com 4,8% de crescimento, no ano de 2018. A atividade econômica que impulsionou esse aumento foi administração pública, com R$ 5,6 bilhões. Isso significa dizer que Roraima ainda é a economia do contracheque.

Ainda assim, a administração pública, segundo o secretário adjunto da Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan), Fábio Martinez, registrou o menor crescimento, 3,6%, com relação aos demais setores. Quem se sobressaiu foi setor de comércio e serviços, sendo a segunda principal atividade da iniciativa privada, que cresceu 6,5%.

O comércio registrou em 2018 R$ 1,6 bilhão. “O que influenciou o crescimento do setor foi o aumento da demanda, mais gente consumindo por conta do fluxo migratório, que acabou incrementando a economia. Isso também foi o que motivou o crescimento das atividades na administração pública”, explicou.

O setor da indústria apresentou melhor resultado, com índice de 5,5%, o que representa R$ 1,3 bilhão. Martinez ressaltou que esse percentual foi por conta da privatização do setor de energia elétrica e da construção civil.

Uma das revelações da atividade agropecuária que contribuiu para melhorar o PIB foi a silvicultura, com a produção da castanha da amazônia, além da soja, que representa 38% e é o principal produto agrícola de Roraima.


PIB per capta teve redução real de 5%

O PIB per capta naquele ano foi de R$ 23.189,00, mas apesar de ter sido maior que no ano anterior, o crescimento econômico apresenta redução real de 5%. Esse deficit se explica porque as riquezas geradas não acompanharam o aumento da população, uma vez que foi registrado um fluxo de migratório intenso na região. 

“O aumento das riquezas geradas no Estado não foi suficiente para atender o aumento das demandas das pessoas. Resultado, o PIB, quando dividido entre a população, cada pessoa ficou com uma fatia menor, pois em 2018 tivemos aumento populacional de mais de 10% por conta do fluxo migratório”, explicou.