Cotidiano

Agricultores iniciam produção de farinha da batata doce

22 agricultores do Polo da Batata Doce, criado no final de 2017 pela Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (SMAAI), vêm se capacitando e apostando no que têm de mais precioso: a terra.

Por meio do Plano Municipal de Desenvolvimento do Agronegócio (PMDA) eles vêm investindo em conhecimento e aumentando a produção no pólo, que era em torno de 16 toneladas por hectare e hoje tem como expectativa chegar a 60 toneladas por hectare.

“O PMDA veio exatamente para dar essa condição de discutirmos como transformar isso e agregar valor à produção agrícola no campo. Nós temos o produto principal, que é vendido in natura e já tem seu mercado definido, mas havia muita sobra. Uma parte da produção não estava adequada para exposição nas gondolas dos mercados e essa produção era desperdiçada. Hoje conseguimos ver o processo de transformação e o valor agregado”, disse o secretário municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas, Marlon Buss.

A agricultora familiar Dalva Conceição da Silva, se organizou e hoje já está confeccionando farinha de batata doce.

Ela conta que semanalmente sobrava em torno de meia tonelada de batata, que visualmente não eram tão atrativas para a venda nos mercados, mas que estavam em perfeitas condições para consumo. Foi aí que teve uma ideia. De forma artesanal, preparou algumas quantidades da farinha utilizando a batata doce como matéria prima.

A ideia deu certo e com isso Dalva iniciou um processo de reorganização da estrutura de produção. O filho que trabalhava na cidade retornou para o campo para ajudá-la e hoje é responsável pela parte de produção (plantio e cultivo), enquanto ela ficou responsável pela comercialização do produto.

“Melhorou a vida de muitas pessoas e é importante produzir e colocar um alimento de qualidade na mesa do consumidor. Quem acompanha o processo sabe que as batatas são saudáveis, é um produto bem limpo, natural. Para nós é muito bom saber que estamos conseguindo gerar renda para nossas famílias e ao mesmo tempo gerar alimento na cidade”, disse.

Dona Dalva conta com a ajuda de um vizinho que cuida do processo de torra da farinha já no tacho. São aproximadamente 5 horas sem intervalos. O resultado é um produto crocante e saboroso, sem contar que por ser muito nutritivo pode ser utilizado para receitas saudáveis, como shakes, vitaminas, bolos, brigadeiros, em substituição aos ingredientes tradicionais nas receitas.

A produção gira em torno de 60 kg por dia. E além da farinha, ela também produz de forma artesanal, com o líquido extraído na prensa, lá no início do processo, produtos como molho de pimenta, goma de batata doce para tapioca entre outros.

O produto já possui uma embalagem identificada como “Cerrado da Amazônia” e já está disponível para comercialização por encomenda. Dona Dalva acredita que a farinha produzida ali na vicinal 2, no Polo da Batata Doce, logo ganhará o Brasil e o mundo. Mais informações e encomendas pelo telefone (95) 99111-3450.