Cotidiano

Agricultura de Precisão é alternativa para investimento de produtores rurais

Produtores rurais iniciantes e experientes procuram constantemente por novas maneiras de apresentar um produto melhor no mercado do agronegócio e assim obter um número maior de clientes e de rendimento. Uma das mais recentes medidas de investimento é a Agricultura de Precisão, prática agrícola que combina novas técnicas e avanços da tecnologia para o estudo do solo e condições climáticas.

Conforme o empresário Ademir Schirmer, proprietário da Drakkar Solos, empresa especializada no serviço, os estudos sobre a Agricultura de Precisão tiveram início em 2001 no Brasil em razão do desenvolvimento de um projeto da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Pouco tempo depois, em 2006, o serviço já estava sendo implantando no local, ganhou adeptos na região e expandiu-se para os demais pontos do País até Roraima.

De acordo com Schirmer, a prática ainda é nova no Estado e pode ser muito bem utilizada em razão de os produtores ainda não terem um diagnóstico preciso das condições do solo na região. Em Roraima, ainda permanecem as técnicas de reconhecimento do solo por meio de diversas outras ações, como a incidência solar ou cor da terra.

ANÁLISE DO SOLO – Os produtores rurais que tiverem interesse em fazer um estudo aprofundado do material solar da sua área rural devem procurar uma empresa especializada em Agricultura de Precisão.

O empresário informou que inicialmente é feito uma análise do solo da propriedade, para então fazer um estudo do solo de correção em cima da área selecionada. A análise é produzida de 20 a 30 dias, desde a coleta do solo até a entrega dos resultados. “É que nem quando vamos ao médico. É difícil um profissional da saúde lhe passar um medicamento sem fazer um exame antes, nós fazemos o mesmo com o solo”, disse o empresário.

Segundo ele, o objetivo principal é identificar as áreas e determinar quais as culturas que podem ser desenvolvidas em determinadas regiões, e por fim, aumentar o número de informações para o produtor rural para que ele possa fazer um planejamento melhor da sua produção anual, principalmente com relação à possibilidade de estiagem.

“A gente sabe que a partir de setembro já diminui as chuvas e os pastos já ficam mais debilitados, o gado começa a sentir. Se tiver um planejamento maior e se o produtor conseguir produzir mais em um solo trabalhado e guardar essa produção para alimentar o seu gado, ele pode lá na frente conseguir vender o seu animal mais gordo, mais saudável e por um custo maior”, explicou.

SOLO RUIM – Um boato amplamente divulgado no Estado é que o solo roraimense é ruim e de pouca produtividade, ideia que vem sendo combatida pelos grandes e pequenos empresários rurais. Para Schirmer, não existe situação que não possa ser remediada, contanto que as medidas aplicadas sejam específicas para determinada região.

“Hoje em dia, o melhor tipo de solo seria aquele que tem uma acidez baixa, com um PH entre 5,5 e 6,5, o que limita um pouco a produção em Roraima, que possui um solo mais ácido,o que não quer dizer que não possa ser corrigido”, disse.

O empresário usou como exemplo a região do lavrado, que, segundo ele, é conhecida em Roraima por não ser uma boa área para produção rural e durante muito tempo foi evitada pelos agricultores, quando se pensava em investir em uma nova produção rural, “O lavrado é realmente um solo mais complicado, por ser arenoso, mas ele responde muito rápido. Com uma a adubação bem-feita, tendo conhecimento dos produtos que estão sendo utilizados, o solo não vai deixar de responder e a produção não vai parar”, finalizou. (P.C)