O desenvolvimento do agronegócio com a expansão de área plantada de 25 mil para 32 mil hectares da soja, principal produto de exportação da balança comercial no ano passado, é uma das principais apostas para alavancar a economia de Roraima em 2018.
Para o economista Emerson Baú, as perspectivas de negócios para 2018 trarão um ambiente diferenciado do restante do País este ano. “Temos análise positiva, em especial pela questão do agronegócio, onde tivemos expansão significativa em 2017 e este ano teremos um resultado ainda maior”, disse.
A inauguração de indústrias que melhoram a cadeia produtiva do setor, como um frigorífico industrial particular de Roraima, na visão do especialista, também deve beneficiar a economia. “Isso traz benefícios para a cadeia produtiva do produtor ao comerciante, que são elementos que fazem com que tenhamos um cenário mais do que positivo para negócios”, destacou.
Outro setor considerado estratégico é o de serviços. Na área de saúde, o economista citou que a inauguração do Hospital das Clínicas e a expansão com o novo bloco do Hospital Geral de Roraima (HGR) faz com que o Estado possa trabalhar para fortalecer a economia. “Por exemplo: Roraima emite Tratamento Fora de Domicílio [TFD], mas poderíamos inverter o fluxo, porque temos profissionais qualificados, só não temos estrutura. Os TFDs vão ficar aqui e poderíamos passar a receber as pessoas que vem com acompanhantes e isso faz girar a economia”, explicou.
As áreas de tecnologia e educação também foram destacadas. “Na tecnologia não há barreiras e nem dificuldades logísticas. As universidades adotaram o ano de 2018 como o ano da tecnologia e dentro disso vejo esse setor expoente. Em cima disso, temos a área de educação. Possuímos grande oferta de universidade e podemos trabalhar conceito de cidade universitária”, ressaltou.
ENTRAVES – Apesar de ter boas expectativas em relação ao crescimento da economia em Roraima para 2018, o economista afirmou que o Estado possui desvantagens em relação a outras unidades da Federação, como a instabilidade energética, falta de infraestrutura e logística. “Temos alguns problemas maiores do que a energia. Hoje estamos presos ao circuito da BR-174, apesar de agora termos a expectativa de saída por Georgetown com a possibilidade de construção de uma estrada”, pontuou. (L.G.C)