Cotidiano

Água de rios é adequada para consumo humano somente após tratamento

De 2009 até o ano passado, toda a água consumida pela população do Estado, em especial a da capital, não passava por nenhum tipo de estudo sobre controle de qualidade. No entanto, desde o início deste ano, a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (CAER) tem intensificando ações para melhorar a qualidade da água que chega à casa dos consumidores.

Segundo o presidente da companhia, Danque Esbell, as ações, iniciadas em fevereiro deste ano, já começam a dar resultados. O constante monitoramento de mananciais que desaguam no principal afluente do Estado, o Rio Branco, e a preocupação com o processo químico do recurso hídrico, tem proporcionado maior segurança à população, que passa a consumir um produto de qualidade.

“Atualmente, a nossa água está na Classe 2, que é a água adequada para consumo humano após tratamento convencional. Nós evoluímos bastante em relação a anos anteriores, mas a nossa ideia é intensificar cada vez mais os trabalhos, porque é importante que as pessoas vejam a transparência das nossas ações e tenham a plena consciência de que a Caer desenvolve ações em favor da saúde da sociedade e com preocupação e respeito ao meio ambiente”, afirmou o presidente.

“Desde que iniciamos esses trabalhos, o nosso monitoramento tem garantido à população uma melhor qualidade sobre a água que é destinada para o consumo. Essas análises são feitas quase que diariamente, sendo que no leito do Rio Branco, por exemplo, o monitoramento se dá a cada duas horas”, contou.

Ainda de acordo com Esbell, existem aproximadamente 25 pontos de mananciais em todo o Estado, sendo que pelo menos 15 encontram-se no perímetro da capital. Para realizar esse tipo de ação, a companhia tem investido em mobilidade e tecnologia.

“Nós temos um cronograma em que são monitorados cerca de 25 pontos de mananciais, e a visita das localidades onde eles se encontram é feita a cada dois dias. Para fazer esses deslocamentos, a companhia dispõe de três viaturas, em que uma atende os pontos do interior e as demais são utilizadas para monitorar a capital. Cada equipe é composta por oito especialistas, que fazem a coleta e a análise bruta do recurso hídrico, que é encaminhada para o nosso laboratório fazer a análise”, explicou.

Após a coleta, o passo seguinte do laboratório da companhia é realizar as análises físico-químicas, bacteriológica e de soluções das amostras. Segundo o presidente, esses procedimentos são importantes, pois são os que determinam a qualidade da água na classificação geral estabelecida pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). (M.L)