O Governo Federal registrou uma queda de 73% no número de alertas de garimpo na Terra Indígena Yanomami no primeiro quadrimestre de 2024. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (13 de junho) pela Casa de Governo em Boa Vista, foram fornecidos pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).
De acordo com o Censipam, em janeiro de 2023, foram registrados 192 alertas de garimpo, enquanto em janeiro de 2024, o número caiu para 38. Em fevereiro, os alertas diminuíram de 57 (2023) para 21 (2024). Em março, os registros caíram de 120 (2023) para 26 (2024). No entanto, em abril houve um aumento de 9 alertas em 2023 para 17 em 2024. No total, o número de alertas passou de 378 no primeiro quadrimestre de 2023 para 102 no mesmo período de 2024.
O Censipam utiliza uma metodologia específica para detectar e qualificar áreas de garimpo, empregando o sistema Localização de Garimpos (LOGAR). Este sistema realiza análises de imagens de satélites para detectar, coletar, identificar e armazenar informações sobre áreas de garimpo, permitindo uma avaliação abrangente e precisa da atividade garimpeira.
Em uma operação realizada no início de junho na Terra Indígena Yanomami, seis das onze pistas de pouso irregulares na região de Alto Alegre foram destruídas. A operação, realizada nos dias 7 e 8 de junho, contou com a participação de diversas forças de segurança, incluindo Ibama, Exército e Força Nacional, que atuaram para desmantelar a infraestrutura utilizada pelos garimpeiros.
O balanço das operações do Governo Federal na Terra Indígena Yanomami em maio incluiu a apreensão de uma submetralhadora .40 entre as 11 armas confiscadas e a prisão de 11 pessoas suspeitas. Durante o mês, foram realizadas 173 operações, resultando na destruição de 134 motores e 43 geradores, inutilização de 9.335 litros de óleo diesel e apreensão de 7,8 quilos de ouro. Além disso, 11 aeronaves foram apreendidas ou destruídas.