Cotidiano

Altas temperaturas impulsionam as vendas de produtos gelados

Muitos comerciantes registram o aumento de até 50% de água mineral e demais bebidas nessa época do ano em Roraima

Quanto mais quente, melhor, pelo menos para as sorveterias e para os vendedores ambulantes que comercializam água de coco, água mineral, picolé e “dindin”. Alguns comerciantes chegam a registrar aumento de 50% nas vendas nas épocas mais quentes do ano. E para os autônomos, a venda deste tipo de produto é a garantia de sustento.
O gerente de uma fábrica de sorvetes do bairro Cauamé, zona Oeste, Diego Montanha, relatou que as vendas sobem cerca de 50% no verão. Ele ressaltou que a clientela aumenta no mês de outubro, época em que são registradas temperaturas mais altas. “Boa Vista é uma cidade quente, não importa a época do ano, mas durante o verão, a sensação térmica é altíssima. Para a nossa sorte as pessoas tendem a se refrescar consumindo produtos gelados, como o sorvete”, comemorou.
Durante o verão é comum ver nas ruas os chamados “picolezeiros” e vendedores de água mineral e água de coco. Para o autônomo José Ribamar da Costa, 43 anos, a época mais quente do ano é sinônimo de bolso cheio. “Somente com a venda de picolés entre os meses de agosto e outubro, eu pude dar entrada em uma motocicleta. Com o faturamento mensal pago as parcelas”, disse.
A operadora de caixa Lecir Magalhães aproveita os finais de semana para vender “dindin”. Ela relatou que tomou a iniciativa há dois anos, pois queria “limpar o nome”, que estava com restrições de crédito, e apenas com o salário que recebia não seria possível. “O meu objetivo era comprar um carro, mas primeiro teria que pagar umas dívidas. Tentei procurar um segundo emprego, mas não tinha disponibilidade de horário. Então pensei em uma forma de fazer dinheiro no meu tempo livre”, disse.
Após seis meses de vendas, Lecir conseguiu quitar as dívidas e guardar um dinheiro extra. “Quando já estava com o nome limpo, iniciei a procura por um carro. Comprei um de segunda mão, mas em boas condições”, comentou.
A operadora de caixa continua vendendo dindin, mas agora apenas em casa. “Antes eu saía na rua para vender, pois queria muito alcançar um objetivo. Depois de atingir as minhas metas, continuei com as vendas, pois uma grana extra nunca é demais”, frisou.
O autônomo Paolo Martins vive da venda de água mineral e água de coco há mais de 10 anos. Com a atividade, ele sustenta uma casa com três filhos. “Boa Vista é uma cidade muito quente e o calor faz com que as pessoas sintam muita sede. Pensando nisso resolvi vender água mineral e água de coco nos semáforos da Capital. Por dia nos horários de pico chego a fazer R$ 80,00. Não dá para fazer muita coisa, mas dá para tirar o sustento”, explicou. (I.S)