Descontente com o atraso nas faturas de pagamento do transporte escolar, o empresário que executa o serviço na região da Vila Santa Rita, no Município do Cantá, paralisou o serviço no dia 22 de agosto. Desde então, cerca de 20 alunos da Escola Municipal Abidizio Barbosa de Lucena estão sem frequentar a escola.
Em janeiro deste ano, a Prefeitura do Município de Cantá contratou dois carros da firma de transporte escolar do empresário Evandro de Oliveira. Os veículos atenderiam 20 alunos da Escola Abidizio de Lucena, divididos entre os turnos matutino e vespertino.
Para buscar os alunos e deixá-los em casa, um dos veículos, uma Kombi, percorria 168 quilômetros entre as vicinais 02 e 03 na região da Vila Santa Rita. A diária estabelecida no contrato assinado entre a prefeitura e a empresa é de R$ 418,32. O outro veículo, uma Triton 4X4, percorria 96 km todos os dias, entre a vicinal 05 e a BR-432, com uma diária de R$267,84.
Cinco meses após o início das aulas, a prefeitura pagou cerca de R$13 mil para Oliveira. O empresário afirmou que a quantia era baixa se comparada ao tempo de serviço prestado, mas foi suficiente para manter os veículos em funcionamento por alguns dias. “Esperava receber pelo menos R$60 mil, mas resolvi continuar trabalhando na esperança de que o restante fosse pago”, frisou.
No dia 14 de julho, cansado de esperar pelo restante do pagamento, Oliveira informou à prefeitura, através de um ofício, que iria paralisar o serviço no dia 22 de agosto, caso não recebesse a quantia firmada em contrato. “Mas nem a prefeita e nem o secretário de Finanças se manifestaram, preferiram que as crianças perdessem aula”, declarou.
PREFEITURA – A Folha entrou em contato com o secretário municipal de Finanças do Cantá, Raydson Maia, mas não houve retorno até o fechamento desta edição. (I.S)
Cotidiano